Entrada da base da Petrobras em Cruzeiro do Sul é bloqueada em protesto
Grupo protesta contra o preço dos combustíveis em Cruzeiro do Sul.
Movimento pretende manter o local interditado por tempo indeterminado.
A entrada da base da Petrobras em Cruzeiro do Sul foi fechada por manifestantes por volta das 6h desta segunda-feira (8), em protesto contra o aumento no preço do combustível na cidade. O movimento é coordenado pelo Comitê Contra os Preços Abusivos dos Combustíveis, organizado pela Câmara de Vereadores. O movimento pretende manter o local interditado até que a Distribuidora se pronuncie. Com o bloqueio, caminhões que chegam com os combustíveis estão impossibilitados de entrar ou sair do local.
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A mobilização foi motivada em razão do último reajuste da gasolina, no último dia 4, o segundo em menos de um mês, quando a gasolina chegou ao preço de R$ 3,91 e o diesel de R$ 3,46. Além do comitê integrado pelos vereadores, participaram da manifestação Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteac), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sindicato da Saúde, Sindicato dos Mototaxistas e Taxistas, além do transporte coletivo.
O motorista de van e representante do transporte alternativo, Givaldo Ludigero, explica que com o aumento do combustível, as passagens que até então não foram reajustadas, vão aumentar de preço no próximos dias.
“Não dá mais, estamos sem aumento há quatro anos. Transportamos mais da metade da população que necessita de transporte alternativo e nossa classe já não está mais aguentando esses aumentos a cada dia. Tem alguma coisa errada aqui. Nós vamos avaliar um aumento, vamos conversar com o setor na prefeitura, porque está difícil”, desabafa.
Segundo o coordenador do Comitê, Valdemir Neto, os caminhões que abastecem os postos de gasolina foram até a distribuidora durante o final de semana, mas nesta segunda nenhum veículo se dirigiu para abastecer na base. O vereador garantiu que o movimento se manterá firme até receberem uma resposta da Distribuidora.
“O preço praticado aqui é maior do que o praticado em Rio Branco, e eles alegam que o custo operacional deles é mais caro. O preço que os postos daqui praticam também faz com que a margem de lucro seja muito maior que em Rio Branco, e não dá mais para população pagar por esses abusos. A Petrobras Distribuidora sequer dá uma resposta, vamos radicalizar sim. Vamos continuar nos manifestando", diz.
Procurada pelo G1, a direção da base da Petrobras em Cruzeiro do Sul informou que não estava autorizado a se pronunciar sobre o assunto.