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1º lugar em medicina da Ufac largou o videogame e não assistia televisão

Jovem diz que precisou abandonar as 'distrações' para estudar.
Thiago Bessa estudava 14 horas por dia e obetve 797 pontos no Enem.

Iryá RodriguesDo G1 AC
Calouro de medicina diz que resolvia 150 questões de provas anteriores do Enem (Foto: Iryá Rodrigues/G1)Jovem diz que resolvia 150 questões de provas anteriores do Enem (Foto: Iryá Rodrigues/G1)
Primeiro colocado no curso de medicina da Universidade Federal do Acre (Ufac), Thiago Bessa Lopes, de 21 anos, comemora a colocação e diz que valeu a pena todo o esforço para ingressar no curso dos sonhos. O jovem cearense, que vive no Acre com a família, e obteve 797 pontos no Enem 2014, diz que abandonou as "distrações" para se dedicar aos estudos. Ele conta que deixou o videogame de lado, não assistia televisão e acessava o Facebook apenas uma vez por semana.
"Tive que abrir mão de muita coisa. Namoro há quase 4 anos, então tive que deixar minha namorada no Acre, para poder estudar em Fortaleza. Preferi me distanciar das distrações e como em Fortaleza eu não conhecia ninguém, nem os lugares, então eu não tinha como sair. Eu só entrava uma vez por semana no Facebook, renunciei ao meu vídeo game, não assistia televisão. Foi muito esforço, mas no final a recompensa foi ótima e valeu muito a pena ter passado por tudo isso", diz o novo calouro de medicina.
Esta não é a primeira vez que o estudante consegue uma vaga em um curso disputado da universidade. Por dois anos, ele cursou veterinária na Ufac e decidiu desistir do curso para realizar o sonho de fazer medicina.
O jovem frequentou durante sete meses um cursinho preparatório em Fortaleza (CE) e ainda estudava em casa. Em média, eram cerca de 14 horas de estudos por dia. "O cursinho tinha duração de 6 horas, de segunda a sexta, e em casa eu estudava cerca de 8 horas, todos os dias. Tinha dia que eu resolvia 150 questões de provas anteriores do Enem. Essa foi minha rotina de abril a novembro. Só me dava folga nos domingos, que tirava para dormir um pouco mais", conta.
Thiago não atribui sua conquista ao ensino médio. Ele lembra que não foi tão bem nos três últimos anos de escola. Segundo ele, o fator determinante para sua vitória foi a dedicação aos estudos no ano passado. Além disso, o estudante diz que o curso de veterinária ajudou bastante, principalmente nas disciplinas de biologia, ciências da natureza e química.
O jovem, que tem pai acreano e mãe cearense, nasceu em Fortaleza (CE), e veio para o Rio Branco (AC) ainda criança, onde estudou até o último ano do ensino fundamental. Cursou o ensino médio em uma escola de Caicó, no Rio Grande do Norte (RN), e após concluir, em 2009, fez cursinho por um ano em Curitiba (PR). Em 2011, passou para o curso de veterinária da Ufac.
Carreira
A decisão de seguir carreira na medicina veio pela vontade de ajudar vidas. "Na verdade, medicina é o sonho de muita gente, e era o meu. É uma carreira que me fascina, principalmente pelo fato de cuidar das pessoas e poder ajudar vidas", conta Lopes.

O estudante diz ainda que pensa em se especializar em cirurgia, já que teve esse contato no curso de veterinária. "Me interesso por cirurgia, mas como o curso de medicina tem duração de 6 anos, vou ter bastante tempo para escolher e até mesmo mudar a área de especialização".
Sobre os maiores desafios em escolher o curso, o calouro afirma que o a grande dificuldade foi com relação ao nível dos concorrentes, que segundo ele, é muito alto. Além disso, ele destaca que não foi fácil desistir do curso de veterinária, pois teve que ir contra seus pais, que no primeiro momento não aceitaram sua decisão. "No início meus pais ficaram chateados com minha escolha de desistir do curso, mas agora estão muito felizes com o resultado", relata.
Dicas
O calouro dá dicas para os estudantes que sonham com uma vaga no curso de medicina. Segundo Thiago, o segredo é a dedicação. "É preciso se dedicar, fazer o sacrifício de sentar e estudar por ao menos seis horas seguidas por dia, assistir vídeos, utilizar a internet como uma ferramenta, principalmente na parte de resumos", explica.

Para o jovem, não adianta pensar que apenas as frequências nas salas de aula vão servir para ter um bom resultado nos exames do Enem. Segundo Thiago, o esforço em casa, após as aulas, é o que vai determinar. "Os professores podem passar todos os conteúdos em sala de aula, mas o aprendizado só vem se você rever, em casa, aquilo que foi aprendido em sala. Além disso, resolver muitos exercícios. A dica mesmo é estudar e esquecer as distrações, como redes sociais, televisão e videogame", reforça.

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