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Setor madeireiro do Acre contesta portaria


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Para Assimanejo portaria estimula desmate
Segundo portaria do Ministério do Meio Ambiente (MMA) do dia 17 de dezembro do ano passado, 2 mil espécies de árvores estão classificadas como vulneráveis e seriam ameaçadas de extinção. A conclusão do estudo e elaboração da lista teriam sido formulados por um instituto de pesquisas do Rio de Janeiro.
A portaria fez com que desde o início da semana, caminhões carregados de madeira ficassem presos em postos fiscais de Rondônia e Mato Grosso. Segundo a determinação do MMA, as espécies relacionadas na portaria estão proibidas de serem comercializadas.
A situação pegou os empresários do Acre de surpresa, e quem recebeu a notificação da portaria não conseguiu respostas nem dos órgãos ambientais locais.
A Associação de Indústrias de Madeira e Manejo do Acre (Asimmanejo) alega que principalmente as espécies garapeira, cerejeira, cedro, idaúba, roxinho e angelim são mais abundantes no Acre do que em outros Estados, e que representam 20% de ocorrência nos manejos do Estado. As árvores também são de maior valor comercial.
Para a Asimmanejo, a ordem ministerial está confusa, contraditória e fora da realidade do Estado. “A portaria diz que são espécies que estão vulneráveis, mas em outros parágrafos diz que é proibido o transporte, a liberação, e o armazenamento”, questiona a presidente da associação, Adelaide Fátima Oliveira.
Os madeireiros acreditam que se as novas regras não forem revogadas, outros ramos empresariais sofrerão consequências incalculáveis, setores como: construção civil, cerâmica, moveleiro, panificação ficarão sem madeira para trabalhar, seja como matéria prima, seja como resíduo. Isso pode encarecer ou até inviabilizar suas atividades.
Outro alerta que o sindicato faz é quanto ao risco de aumentar o desmatamento, que a proibição traz. Para tentar reverter o quadro, a categoria empresarial de vários estados se uniu.
“Unidos com acadêmicos, engenheiros, empresários do setor entendemos que a única saída é revogar por um ano até que a gente apresente a realidade do Acre, como tratamos essas espécies dentro do manejo florestal, garantindo sua sustentabilidade”, explica Oliveira.
No Acre, 150 metros cúbicos de madeira ficaram retidos nas madeireiras no início da semana, aguardando uma decisão.
Representante da Confederação Nacional da Indústria esteve no Ministério do Meio Ambiente e foi informado de que os planos de manejo autorizados antes da publicação da portaria, estão autorizados a comercializar seus produtos. O governo segundo o comunicado, ainda vai se manifestar sobre o assunto, na próxima semana.
Na portaria ministerial uma espécie chama a atenção, o cipó de Daime, um dos ingredientes essenciais na preparação do chá de comunidades tradicionais da Amazônia.

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