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Sistema do Fies para novas adesões está fora do ar e preocupa estudantes

A partir de abril, programa de financiamento fará novas exigências.
Estudante não pode tirar menos 450 pontos no Enem e nem zerar redação.

Gioconda BrasilBrasília, DF

 Milhares de estudantes em todo o Brasil estão preocupados com o Fies, o Fundo de Financiamento Estudantil, do Governo Federal. O Fies beneficia hoje mais de 700 mil estudantes e muitos telespectadores escreveram para o Jornal Hoje sugerindo uma reportagem sobre o assunto.
As mudanças pegaram os estudantes de surpresa. As novas regras fazem parte de portarias publicadas pelo Ministério da Educação no fim do ano passado. Elas proíbem que os estudantes utilizem ao mesmo tempo a bolsa do ProUni e o financiamento do Fies em diferentes instituições particulares de ensino superior.
O acúmulo dos dois benefícios só será possível se o estudante tiver uma bolsa parcial do ProUni e usar  o Fies como complemento no mesmo curso e na mesma faculdade.
A partir de abril, o programa de financiamento vai exigir que o estudante tenha tirado pelo menos 450 pontos no Enem e não pode zerar a redação. Antes não havia nota mínima.
Em um seminário organizado pelas instituições de ensino, o governo ouviu críticas. Uma das mudanças vai diminuir o valor do repasse do Fies para as faculdades.

“Eu acho que o mínimo que o setor merecia era ser chamado com antecedência para sentar à mesa com o Ministério da Educação e achar soluções que eu acho que todos nós reunidos poderíamos achar soluções”, fala José Bezerra Diniz, presidente do Grupo Ser Educacional.

O representante da Associação Brasileira das Mantenedoras de Ensino Superior também fez cobranças.

"O problema é que quando o aluno fez o processo seletivo no passado a escola divulgou que ela aderiu ao Fies, então, agora está indo na instituição de ensino querendo exercer o direito da matrícula", diz José Roberto Kovak, assessor jurídico da AMBES.

O sistema fora do ar para novas adesões ao Fies é a reclamação mais frequente dos telespectadores do Jornal Hoje.
Como a Jackeline Barros, de Itapuã do Oeste, em Rondônia, que diz que começou a faculdade de odontologia este ano contando com o Fies para pagar a mensalidade e pede para que a inscrições para o programa sejam reabertas. O mesmo drama da Isadora Lima que mora no Paraná. Ela sonha em fazer faculdade, mas diz que sem o Fies não tem condições de arcar com os custos.
O secretario-executivo do Ministério da Educação, Luis Cláudio Costa, disse que o sistema voltara a aceitar novas inscrições para o Fies nos próximos dias. A expectativa é que o problema seja resolvido até o fim de fevereiro.
Para o governo, no momento é preciso saber quantos alunos vão pedir novos financiamentos para verificar se haverá dinheiro suficiente. “Nós precisamos ter uma dimensão da oferta e da demanda. Quais são os custos que nós temos. Na hora que nós tivermos isso dimensionado é que a gente pode avançar para ver. Esse estudo que se tenta chegar agora para o Fies”, diz Luís Cláudio.

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