Após ser invadida pela 4ª vez, escola suspende aulas em Rio Branco
Tablets, DVDs, microfones e lousa digital foram alguns dos objetos furtados.
Polícia Civil diz que uma equipe já foi destacada para investigar o caso.
Pela quarta vez somente este ano, a Escola João Paulo II foi invadida, na madrugada do domingo (16), em Rio Branco, segundo a diretora Miscilene Neri. Cinco tablets, aparelho multimídia, quatro microfones, HD, roteador, dois DVDs, dois notebooks e uma lousa digital foram alguns dos objetos furtados. A gestora conta que alimentos foram desperdiçados e, na sala dos professores, até mesmo fezes foram encontradas.
De acordo com Miscilene, os ladrões tiveram acesso às salas por meio do forro, inicialmente pelo almoxarifado. Em seguida, teriam quebrado praticamente todas as fechaduras do pavilhão administrativo do colégio. “Chegaram a entrar na cozinha e misturaram tudo o que tinha lá – arroz, feijão, farinha e óleo – no chão. Fizeram cocô dentro da sala dos professores, se limparam e deixaram tudo lá. É a quarta vez esse ano que entram lá. Muito triste”, diz.
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A diretora diz ainda que muitos materiais pedagógicos, necessários para o desenvolvimento das aulas, também foram perdidos, bem como os equipamentos onde ficam armazenadas as gravações capturadas pelas câmeras de segurança. A escola não conta com a presença de vigia, segundo a diretora.
“Levaram materiais que acabamos de adquirir, como lápis, cadernos, canetas, livros, e caixas lacradas do material do EJA [Educação de Jovens e Adultos]. Também perdemos uma lousa digital que o MEC doou para algumas escolas, que é o que mais nos entristeceu. Ela dá possibilidades enormes para dar aula”, acrescenta.
Miscilene afirma também que um boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia da 3ª Regional, localizada no próprio bairro. As aulas foram suspensas e retornam somente na quarta-feira (19), tempo necessário para organizar o ambiente da escola.
“É um sentimento de tristeza. Destruíram todos os armários do pavilhão administrativo. É uma situação lamentável. Sinceramente, não tenho forças. Ficamos sem nada de planejamento, pegaram detergente e jogaram em tudo; e tentaram colocar fogo na cantina”, lamenta.
Por meio da assessoria de comunicação, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou que a equipe de manutenção do órgão já fez um levantamento dos danos causados e acionou a empresa de vigilância para os reparos de portas e do sistema de segurança.
De acordo com o delegado Fabrizzio Sobreira, responsável pelo caso, uma equipe já foi destacada para investigar os envolvidos no crime e, sobretudo, recuperar os itens roubados. Ele afirma também que o bairro tem contado com patrulhamento feito pela Polícia Militar.
“De posse das informações e registro da ocorrência, foi destacada uma equipe de policiais que já está em campo para, primeira coisa, localizar esses bens de tamanha importância para a escola. Localizando isso, identificar os autores para ser imputado o crime que eles cometeram. A PM tem trabalhado de forma bastante eficaz, pontuando os locais onde indivíduos mal intencionados praticam os furtos”, finaliza.
