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Em Cruzeiro do Ac, jovem mata irmão e diz tê-lo confundido com animal durante caça

'No segundo pedido de socorro vi que tinha atirado no meu irmão', diz.
Irmãos caçavam em igarapé localizado na BR-364.

Adelcimar CarvalhoDo G1 AC
João Basílio de Souza, de 25 anos, lamenta a morte do irmão e diz que foi um acidente  (Foto: Adelcimar Carvalho/G1)João Basílio de Souza, de 25 anos, lamenta a morte do
irmão e diz que foi um acidente
(Foto: Adelcimar Carvalho/G1)
O agricultor João Basílio de Souza, de 25 anos, se apresentou na Delegacia Geral deCruzeiro do Sul, interior do Acre, para prestar esclarecimentos sobre a morte do irmão, José Odaiso Souza, de 27 anos, com um tiro de espingarda nas costas durante uma caçada em um igarapé na comunidade rural São João, na BR-364, na tarde desta terça-feira (4). Emocionado e abalado, Souza diz que foi um acidente e que confundiu o irmão com um animal silvestre.
"Meu primo e eu saímos para caçar, quando encontrei com meu irmão. Ele chamou a gente para ir caçar com ele, mas eu disse que já estava tudo certo para a gente ir para outro local fazer a caçada também. Ele disse então, que ia para a mata, dormir por lá e depois ia seguir. E então a gente ficou se arrumando e ele pegou o caminho e foi na nossa frente", relata.
Após alguns instante, Souza e o primo seguiram a viagem. Até que um vulto chamou a atenção de Souza. "Olhei para um lado e vi uma árvore com frutas no chão, de repente escutei um barulho do meu lado esquerdo. Acho que meu irmão estava querendo fazer uma brincadeira, tentando assustar a gente. Assobiei e como ninguém respondeu, pensei que tinha bicho ali. Meu primo estava a uns três metros longe de mim. Então, quando atirei ouvi alguém me chamando, ali eu vi que não tinha atirado em animal, mas sim em gente. No segundo chamado por socorro, vi que tinha atirado no meu irmão", diz entre lágrimas.
Ele diz que  segurou o irmão e tentou mantê-lo acordado. "Quando meu primo falou que era meu irmão, soltei a espingarda e corri. Ele tava vivo, disse que as pernas estavam doendo, coloquei ele no meu colo, pedi que ele pensasse na filha dele, mas não resistiu. A gente se apressou pra que ele chegasse com vida em casa. Foi um acidente, éramos unidos", lamenta.
O primo dos agricultores, Antônio Jardson de Souza Feliz, de 18 anos, foi testemunha da tragédia e diz que o que aconteceu foi um acidente. " O irmão dele já foi dando adeus, colocamos em uma rede, trouxemos até um certo ponto e saí para pedir ajuda", conta.
Após o acidente, O IML foi buscar o corpo e a Polícia Civil pediu que o agricultor se apresentasse na delegacia. Ele deve ser ouvido ainda nesta quarta-feira (5) pelo delegado Vinícius Almeida. O corpo da vítima será velado na casa da família na comunidade São João.

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