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Alegando crise, prefeito do interior do AC reduz salários e faz cortes

O prefeito de Porto Acre, Carlos Portela, reduziu seu salários em 30%. 
Decreto foi publicado no Diário Oficial desta sexta-feira (22).

Aline NascimentoDo G1 AC

Carlos Portela diz que servidores público lideraram saque  (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)Prefeito Carlos Portela diz que cortes são necessários
(Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)
Alegando crise econômica e com a intenção de cortar gastos, a Prefeitura de Porto Acre, a 78 km de Rio Branco, publicou no Diário Oficial desta sexta-feira (22) que vai cortar em 30% os salários do prefeito, vice, secretários e comissionados.
Além disso, a administração deve ficar mais rígida em relação à diárias e outros benefícios. Com o novo decreto, o prefeito, que recebia R$ 10 mil, passa a ficar com o salário fixo de R$ 7 mil.
O salário do vice-prefeito passa a ficar em R$ 4,9 mil, o que antes era de R$ 7 mil. Os secretários, antes com R$ 3 mil, passam a ganhar R$ 2,1 mil.  A redução também chega aos cargos comissionados, que de R$ 1,3 mil passam a ganhar R$ 910.
O decreto revela ainda que houve a suspensão de contrato de novos servidores, diárias de viagens para outros municípios e o atendimento ao público, antes de 7h às 17h, agora deve permanecer até meio-dia. 
"Nosso índices estão acima da lei de responsabilidade fiscal e eu preciso fechar o ano obedecendo o limite de 51% que a legislação impõe. Estamos com aproximadamente 60% de despesas das receitas. Esse momento não se deu porque contratamos mais gente, o que acontece é que as receitas dos municípios caíram muito com a crise financeira", esclareceu o prefeito Carlos Portela.
O prefeito revela também que o momento é de cobrar as pessoas inadimplentes com a prefeitura .
"Tenho relatórios mostrando que nossa gestão já economizando 60% com diárias nesses três anos. Não encontro outra saída que não seja economizar e arrecadar. Estamos cobrado para que as pessoas cumpram com suas obrigações. Há 15 dias demiti mais 16 comissionados, somados aos 32 que já tinha exonerado em novembro", conta o prefeito.
Para Portela, a decisão não agradou aos servidores. "Infelizmente vamos ter que começar por nós, cortando da nossa própria casa. Estamos vendo e sentindo a insatisfação das pessoas, mas não tem outra alternativa. Quem achar difícil, solicite sua exoneração e desligamento. Não me sinto confortável em tomar uma decisão dessas", lamenta o gestor.
Mudança de horário
O prefeito ressaltou que os gastos alcançaram também o atendimento ao público. Ele conta que para economizar com água, luz e telefone, o expediente será corrido dentro das repartições. "Sabemos que otimizar o uso desses recursos é um desafio muito grande e colocamos a responsabilidade em cada cada gestor. Eles sabem do decreto e precisam fazer sua parte", finaliza.

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