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CRM-AC repudia tapa de médica em criança, mas não vai investigar caso

Conselho explica que médica não estava no exercício da profissão. 'Não há medidas cabíveis', diz presidente do CRM no Acre.
Após repercussão de um vídeo onde uma médica dá um tapa em uma criança com Síndrome de Down, o Conselho Regional dos Médicos no Acre (CRM-AC) informou que não pode abrir processo administrativo para investigá-la porque ela não estava no exercício da profissão. Porém, o presidente do conselho, Virgílio Prado, lamentou o episódio e repudiou a reação da médica.
A câmera de segurança de uma unidade de saúde em Rio Branco flagrou o momento em que a médica Sirlândia Brito dá um tapa em um menino de seis anos. Ela e o marido estavam na recepção da unidade, quando tudo aconteceu. Ao G1, a médica disse que não se posicionaria sobre o caso e que resolveria "de outra forma". Os pais do menino registraram um boletim de ocorrência.
O presidente do CRM-AC explica que se reuniu com o jurídico e que seria um erro abrir um processo administrativo para investigar a médica.
"Como ela não estava exercendo a profissão naquele momento, ela é uma cidadã comum. As penalidades cabíveis, sejam civil ou criminal, são semelhantes a qualquer pessoa. Lógico que estamos monitorando as mídias sociais, mas não é cabível um procedimento administrativo contra ela. Seria um erro", explica.
Porém, Prado ressalta que o conselho repudia a atitude da médica e não descarta a possibilidade de soltar uma nota de repúdio contra a profissional. Ele disse ainda que tudo foi explicado para os pais do menino, que procuraram também o CRM-AC.
"Não compactuamos com esse tipo de atitude. Claro que por ser uma médica, acaba caindo sobre toda categoria. As pessoas esperam um pouco mais de humanidade e sensibilidade de um médico, por conta da profissão", finaliza.
Entenda o caso
Um vídeo gravado por uma câmera de segurança registrou o momento em que a médica Sirlândia Brito agride um menino de seis anos, que tem Síndrome de Down, em uma unidade de saúde de Rio Branco. Em entrevista ao G1 nesta quarta-feira (21), a mãe da criança, a empresária Liliane Pereira, de 31 anos, contou que a família tem vivido dias de tristeza após o ocorrido. (Veja o vídeo).
O caso aconteceu há uma semana. Na gravação, a médica aparece sentada ao lado do marido. A criança surge e dá um tapa no ombro da mulher. Ela reage rapidamente com outro tapa, que atinge as costas do menino. A mulher ainda olha para a criança depois do tapa, vira o rosto e aponta para o ombro para indicar onde o garoto havia batido. Em seguida, age como se nada tivesse ocorrido.
O pai da criança, o também empresário Daniel Pereira, de 37 anos, afirmou que a família registrou um boletim de ocorrência contra a médica. "Esperamos que seja feita justiça. Estamos passando por uma semana de muitas turbulências em casa. Estamos sofrendo bastante. Esse caso mudou toda nossa rotina", concluiu.
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Família de menino com síndrome de down diz que registrou agressão de médica na polícia  (Foto: Iryá Rodrigues/G1)Família de menino com síndrome de Down diz que registrou agressão de médica na polícia (Foto: Iryá Rodrigues/G1)

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