Recursos para insumos da BR-364 já estão na conta do Estado
Compra antecipada vai garantir maior agilidade nas obras com o início do verão
Praticamente todo material necessário na obra enfreta uma grande jornada para chegar ao canteiro (Foto: Arquivo/Secom) Em Rio Branco, capital do Acre, o quilo do tomate custa R$ 1,4, em média. Em Cruzeiro do Sul, segunda maior cidade acreana, esse valor oscila entre R$ 8 e R$ 10. A distância entre os dois municípios não é tão grande. O problema é o acesso, feito por via terrestre apenas nos meses do verão amazônico, que faz disparar os preços por conta da dificuldade no abastecimento. Com a BR-364 concluída, o transporte de mercadorias e o trânsito de pessoas serão garantidos pelo tão sonhado asfalto.
Esse é apenas um exemplo de como a estrada vai garantir qualidade de vida para as pessoas que moram ao longo da BR ou nos municípios que ela liga. E para cumprir o compromisso assumido pela Frente Popular, que teve início no governo de Jorge Viana e se estendeu na gestão de Binho Marques, o governador Tião Viana já garantiu a liberação dos recursos para a aquisição dos insumos necessários para a continuidade das obras na estrada.
Essa antecipação, conseguida graças ao esforço de Tião Viana junto ao governo federal e à presidente Dilma Rousseff, vai garantir que todo material necessário possa ser comprado e transportado por meio fluvial ainda no inverno - aproveitando as cheias dos rios - e que no início do verão todos os insumos estejam à disposição dos trabalhadores. Boa parte dos insumos vem através dos rios Madeira, Negro e Juruá. O seixo, uma das matérias-primas utilizadas na obra, vem da fronteira com a Colombia, a 3.409 quilômetros fluviais e 35 dias para percorrer o caminho. Foram transportados 40 mil metros cúbicos do insumo de 2009 para cá.
Chuvas dificultam o trabalho
Hoje apenas faltam apenas 85 quilômetros para que os acreanos vejam asfaltada a última fronteira rodoviária do Brasil e festejem a realização de um grande sonho. Para milhares de pessoas que moram ao longo da estrada e têm na pele as marcas sofridas impostas pelo isolamento, a estrada significa muito mais que progresso e se traduz em qualidade de vida, acesso a direitos básicos, inclusive, o de ir e vir. A conclusão da rodovia vai impactar 80% da população do Acre, de Acrelândia a Cruzeiro do Sul.
Os recursos para a conclusão da BR-364 e todas as pontes necessárias foram garantidos pelo presidente Lula. Mas garantir os recursos na conta não era garantia suficiente para que as centenas de máquinas e os milhares de trabalhadores empenhados na obra pudessem trabalhar.
Contra a obra existe um fator que o homem não pode mudar: o inverno rigoroso da Amazônia e as chuvas que impendem o andamento das obras em pelo menos 200 dias por ano. Um exemplo é o que ocorreu em 2009, quando haviam recursos disponíveis, insumos comprados, máquinas nos trechos e homens dispostos a trabalhar para cumprir uma programação de quatro meses. As chuvas só permitiram trabalhar pouco mais de 60 dias durante todo o ano.
Para garantir o funcionamento de mais de mil máquinas que estarão nos trechos em obras serão comprados 2 milhões de litros de óleo diesel.
Segundo o diretor do Departamento de Estradas e Rodagens do Acre (Deracre), Marcus Alexandre, as obras na BR devem começar em maio, com o início do período de estiagem. Mesmo com o inverno as obras das pontes ao longo da estrada não pararam em nenhum momento.
“Todos os procedimentos necessários estão sendo feitos pelo governo do Estado para garantir a conclusão da BR. O governador Tião foi duas vezes a Brasília tratar da liberação dos recursos. Todos os esforços possíveis estão sendo feitos para que as obras sejam retomadas no inicio do verão, mas o resultado final depende do comportamento das chuvas. O que podemos garantir é que todas as pontes estarão concluídas ao final do verão”, informou o diretor do Deracre.
Números da BR-364
20 lotes de obras para 2011
3 mil trabalhadores diretos
1,4 mil equipamentos mobilizados
R$ 1,038 bilhão de investimentos de 2005 a 2011, incluindo as grandes pontes (governo federal e estadual)
A conclusão da rodovia vai impactar a vida de 80% da população do Acre, diminuindo aproximadamente 50% do custo da cesta básica para a população que reside a partir de Manuel Urbano.
As grandes pontes
Ligação de leste a oeste do estado vai alavancar o crescimento econômico e de qualidade de vida (Foto: Arquivo/Secom) A BR 364 é a estrada das pontes. Sobre os rios Purus, Envira, Tarauacá, Jurupari e Juruá as obras não pararam, mesmo com o período de chuvas. Além destas pontes, ainda em construção, há também a do Caeté, em Sena Madureira, que já foi concluída e garante acesso a Manoel Urbano. Diversas tecnologias foram trazidas para a construção das pontes, que exigem atenção redobrada por estarem em áreas com solos muito frágeis e com características diferenciadas em cada região.
A maior e mais moderna é a ponte sobre o rio Juruá, em Cruzeiro do Sul. Ela é a única no Brasil preparada para suportar abalos sísmicos, já que a região sofre constantes sismos. A ponte tem 550 metros de extensão, além de 315 metros do vão de acesso.
Segundo Marcus Alexandre, ao longo de toda a BR 364, após a conclusão, serão 54 pontes, além de uma média de três linhas de bueiros por quilômetro de estrada, dois fatores que oneram bastante a obra. “Mais de 30% dos recursos para a construção da BR 364 são destinados para as pontes, pela engenharia avançada e tecnologia de ponta que requerem”.
http://www.agencia.ac.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=14990&Itemid=26
Praticamente todo material necessário na obra enfreta uma grande jornada para chegar ao canteiro (Foto: Arquivo/Secom) Em Rio Branco, capital do Acre, o quilo do tomate custa R$ 1,4, em média. Em Cruzeiro do Sul, segunda maior cidade acreana, esse valor oscila entre R$ 8 e R$ 10. A distância entre os dois municípios não é tão grande. O problema é o acesso, feito por via terrestre apenas nos meses do verão amazônico, que faz disparar os preços por conta da dificuldade no abastecimento. Com a BR-364 concluída, o transporte de mercadorias e o trânsito de pessoas serão garantidos pelo tão sonhado asfalto.
Esse é apenas um exemplo de como a estrada vai garantir qualidade de vida para as pessoas que moram ao longo da BR ou nos municípios que ela liga. E para cumprir o compromisso assumido pela Frente Popular, que teve início no governo de Jorge Viana e se estendeu na gestão de Binho Marques, o governador Tião Viana já garantiu a liberação dos recursos para a aquisição dos insumos necessários para a continuidade das obras na estrada.
Essa antecipação, conseguida graças ao esforço de Tião Viana junto ao governo federal e à presidente Dilma Rousseff, vai garantir que todo material necessário possa ser comprado e transportado por meio fluvial ainda no inverno - aproveitando as cheias dos rios - e que no início do verão todos os insumos estejam à disposição dos trabalhadores. Boa parte dos insumos vem através dos rios Madeira, Negro e Juruá. O seixo, uma das matérias-primas utilizadas na obra, vem da fronteira com a Colombia, a 3.409 quilômetros fluviais e 35 dias para percorrer o caminho. Foram transportados 40 mil metros cúbicos do insumo de 2009 para cá.
Chuvas dificultam o trabalho
Hoje apenas faltam apenas 85 quilômetros para que os acreanos vejam asfaltada a última fronteira rodoviária do Brasil e festejem a realização de um grande sonho. Para milhares de pessoas que moram ao longo da estrada e têm na pele as marcas sofridas impostas pelo isolamento, a estrada significa muito mais que progresso e se traduz em qualidade de vida, acesso a direitos básicos, inclusive, o de ir e vir. A conclusão da rodovia vai impactar 80% da população do Acre, de Acrelândia a Cruzeiro do Sul.
Os recursos para a conclusão da BR-364 e todas as pontes necessárias foram garantidos pelo presidente Lula. Mas garantir os recursos na conta não era garantia suficiente para que as centenas de máquinas e os milhares de trabalhadores empenhados na obra pudessem trabalhar.
Contra a obra existe um fator que o homem não pode mudar: o inverno rigoroso da Amazônia e as chuvas que impendem o andamento das obras em pelo menos 200 dias por ano. Um exemplo é o que ocorreu em 2009, quando haviam recursos disponíveis, insumos comprados, máquinas nos trechos e homens dispostos a trabalhar para cumprir uma programação de quatro meses. As chuvas só permitiram trabalhar pouco mais de 60 dias durante todo o ano.
Para garantir o funcionamento de mais de mil máquinas que estarão nos trechos em obras serão comprados 2 milhões de litros de óleo diesel.
Segundo o diretor do Departamento de Estradas e Rodagens do Acre (Deracre), Marcus Alexandre, as obras na BR devem começar em maio, com o início do período de estiagem. Mesmo com o inverno as obras das pontes ao longo da estrada não pararam em nenhum momento.
“Todos os procedimentos necessários estão sendo feitos pelo governo do Estado para garantir a conclusão da BR. O governador Tião foi duas vezes a Brasília tratar da liberação dos recursos. Todos os esforços possíveis estão sendo feitos para que as obras sejam retomadas no inicio do verão, mas o resultado final depende do comportamento das chuvas. O que podemos garantir é que todas as pontes estarão concluídas ao final do verão”, informou o diretor do Deracre.
Números da BR-364
20 lotes de obras para 2011
3 mil trabalhadores diretos
1,4 mil equipamentos mobilizados
R$ 1,038 bilhão de investimentos de 2005 a 2011, incluindo as grandes pontes (governo federal e estadual)
A conclusão da rodovia vai impactar a vida de 80% da população do Acre, diminuindo aproximadamente 50% do custo da cesta básica para a população que reside a partir de Manuel Urbano.
As grandes pontes
Ligação de leste a oeste do estado vai alavancar o crescimento econômico e de qualidade de vida (Foto: Arquivo/Secom) A BR 364 é a estrada das pontes. Sobre os rios Purus, Envira, Tarauacá, Jurupari e Juruá as obras não pararam, mesmo com o período de chuvas. Além destas pontes, ainda em construção, há também a do Caeté, em Sena Madureira, que já foi concluída e garante acesso a Manoel Urbano. Diversas tecnologias foram trazidas para a construção das pontes, que exigem atenção redobrada por estarem em áreas com solos muito frágeis e com características diferenciadas em cada região.
A maior e mais moderna é a ponte sobre o rio Juruá, em Cruzeiro do Sul. Ela é a única no Brasil preparada para suportar abalos sísmicos, já que a região sofre constantes sismos. A ponte tem 550 metros de extensão, além de 315 metros do vão de acesso.
Segundo Marcus Alexandre, ao longo de toda a BR 364, após a conclusão, serão 54 pontes, além de uma média de três linhas de bueiros por quilômetro de estrada, dois fatores que oneram bastante a obra. “Mais de 30% dos recursos para a construção da BR 364 são destinados para as pontes, pela engenharia avançada e tecnologia de ponta que requerem”.
http://www.agencia.ac.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=14990&Itemid=26