Ministério da Saúde destina 40 mil preservativos femininos ao Acre

Apesar do incentivo, procura por esse método nos postos de saúde ainda é baixa

O Ministério da Saúde começa, nesta semana, a distribuição, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), do primeiro lote de preservativos femininos para 2012. A distribuição prioriza populações definidas de acordo com critérios de vulnerabilidade, com foco em profissionais do sexo, mulheres vivendo e convivendo com doenças sexualmente transmissíveis, usuárias de drogas e seus parceiros e mulheres atendidas pelo sistema prisional.

Para o Acre, serão destinados 40 mil preservativos, mas até o final desta semana, serão enviados aos estados e ao Distrito Federal 2,2 milhões de unidades, de um total de 20 milhões previstos para este ano. O preservativo também está disponível nos serviços de atenção à saúde para mulheres com dificuldade de negociar o uso do preservativo masculino com o parceiro.

O incentivo do planejamento familiar - Apesar do estímulo do Ministério da Saúde, a procura por esse métido contraceptivo ainda tem sido baixa nas unidades de saúde. Nas ruas, o assunto ainda surge timidamente. A secretária do lar Miracele Soares, que preferiu não mostrar o rosto, afirma que conhece o preservativo feminino, mas não usa, porque seu esposo não se sente à vontade para manter uma relação sexual com o uso desse método.

Sobretudo, Miracele e o marido não são excessões. A enfermeira Valéria Teixeira Matos, atuante na Unidade de Pronto Atendimento do bairro Tucumã, em Rio Branco, afirma que a procura pelos preservativos femininos é pequena se comparado à procura por preservativos masculinos.

“Algumas mulheres comentam que os parceiros não se sentem à vontade com o uso dos preservativos femininos e eles acabam utilizando apenas o masculino pela questão da comodidade. Para se ter uma noção, sempre temos preservativos femininos disponíveis, embora a quantidade destes, seja bem menor que a de masculinos”, ressalta.

A enfermeira explica ainda que a UPA disponibiliza um atendimento denominado “Planejamento Familiar”, que consiste no acompanhamento dos casais. “O casal pega a ficha às quartas e sextas pela manhã, e volta para se consultar com uma enfermeira, que explica todos os métodos contraceptivos, para que então, eles escolham o que mais se adaptam”, finaliza.

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