Dados do CNJ mantém o Acre como estado como mais agressões contra as mulheres
A violência contra a mulher é um crime grave, e o Acre está encarando
uma verdadeira batalha pela erradicação deste tipo de delito. Mas a
batalha para superar décadas de maus costumes no tratamento das
mulheres. De acordo com dados atualizados do CNJ para um período de 5
anos, entre 2007 a 2011, o Acre foi o estado que mais registrou,
proporcionalmente, ocorrências de infrações contra a Lei Maria da Penha
do país.
Com efeito, foram mais de 17 mil casos no período mencionado, o que
corresponde a uma proporção de 4.665 ocorrências registradas para um
grupo de 100 mil acreanas. Também quer dizer que de cada 100 mulheres no
Estado, pelo menos 4 - quase 5 - são de acreanas que registraram
queixas com base na Lei Maria da Penha (Lei no 11.340/2006), nos últimos
5 anos.
Atrás do Acre no número proporcional de procedimentos instaurados
(que engloba ações penais, inquéritos e medidas protetivas) vem o
Distrito Federal, que tem uma média de 3.762 casos para cada 100 mil
mulheres (50.462 no total). Ou seja, o Acre tem 900 casos a mais.
Comparando com a média nacional, que é de 718 denúncias formalizadas
para cada 100 mil brasileiras (que dá um total de 677.087 ocorrências
entre 2007 a 2011), o Acre tem uma superioridade bem mais explícita, que
chega a ser 6 vezes maior, ou 3.947 casos a mais para cada 100 mil
mulheres.
Para superar estes números negativos, o Acre tem trabalhado no
sentido de criar políticas de inclusão das mulheres para
conscientizá-las e lhes dar acesso sobre os seus direitos. O alto número
de casos registrados aqui, inclusive, além de ser um indicador para a
necessidade destas ações, também aponta para uma tendência maior das
mulheres acreanas de reportarem os seus casos. Isso é bom pelo fato de
elas buscarem seus direitos, e não se calarem.
http://www.agazetadoacre.com/geral/39467-dados-do-cnj-mantem-o-acre-como-estado-dados-do-cnj-mantem-o-acre-como-estado-como-mais-agressoes-contra-as-mulheres-.html