Governador do Acre promete apoio à ação da Polícia Federal contra servidores do estado
O governador do Acre, Tião Viana, disse nesta sexta-feira que seu
governo dará “irrestrito apoio” às investigações da Polícia Federal que
levaram a deflagração nesta manhã da Operação G-7. Foram emitidos
mandados de prisão contra servidores públicos e autoridades do governo
do estado e da prefeitura de Rio Branco, entre essas, um sobrinho de
Viana
Tião Viana disse que, no momento, prefere aguardar os esclarecimentos
dos fatos para poder adotar, quando necessário, medidas objetivando a
“defesa da ética e da função pública”. Por isso, evitou qualquer
comentário mais aprofundado sobre o teor da Operação G-7, deflagrada
pela Polícia Federal.
“O governador do estado do Acre vem a
público expressar irrestrito apoio a toda e qualquer ação da polícia
judiciária ao combate de ilicitude de natureza funcional ou material”,
disse Tião Viana, em nota oficial. Ao tomar conhecimento da operação,
ele se reuniu com assessores para avaliar o que estava efetivamente
ocorrendo, informou à Agência Brasil o senador Jorge Viana (PT-AC),
irmão do governador.
Na nota, Tião Viana relatou que seu governo
é “absolutamente transparente no exercício de suas funções e
intransigente na defesa dos valores morais da função pública e pessoal”.
O governador ressaltou ainda que sua orientação é praticar a
“tolerância zero” contra a corrupção.
No entanto, o governador
destacou que fará a defesa da integridade moral de secretários e
técnicos de governo supostamente envolvidos em fraudes licitatórias
enquanto as denúncias da Polícia Federal não forem apreciadas pela
Justiça ou na esfera administrativa.
Ao todo, 150 policiais de
diversas localidades do país estão dando cumprimento a 34 mandados de
busca e apreensão em órgãos públicos nos municípios, depois de mais de
dois anos de investigações.
Os policiais investigam o
envolvimento de autoridades e servidores públicos com fraudes em
licitações no estado. Informação oficial da PF dá conta que análises
feitas em processos licitatórios de pelo menos cinco municípios
identificaram obras que não foram executadas.