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Baixos salários levam PMs a fazer 'bicos' no Acre, diz Associação

Comando da PM diz que vai punir casos confirmados.
Salário inicial de um policial militar no estado é de R$ 2,6 mil. 

Do G1 AC
Associação diz que policiais acabam recorrendo ao 'extra' para complentar renda no fim do mês (Foto: Reprodução/TV Acre)Associação diz que policiais acabam recorrendo ao 'extra' para complentar renda no fim do mês (Foto: Reprodução/TV Acre)
Casos de policiais militares que fazem 'bicos' para complementar a renda ficaram evidentes nos últimos dias no Acre. A Associação dos Militares do Acre (AME-AC) culpa os baixos salários dos PMs pelo alto número de militares com trabalhos 'extras' no estado. No final de dezembro, o policial militar Marcos Roberto Araújo do Nascimento, 43 anos, morreu após ser baleado durante um assalto a casa de um empresário, quando prestava serviços de segurança particular, em Cruzeiro do Sul. De acordo com a PM, o salário incial de um policial é R$ 2,6 mil.
Há cinco dias, o sócio de um posto de combustível de Rio Branco denunciou ser vítima de uma 'milícia' liderada por um sargento da PM, e afirmou que pagava até R$ 10 mil a policiais por supostos serviços de segurança ao estabelecimento. O sargento negou a acusação de milícia e diz que a prática de fazer segurança particular é comum no Acre. Segundo o presidente da AME-AC, Joelson Dias, o baixo salário dos militares faz com que procurem outras formas de ganhar dinheiro.
"Hoje o nosso salário está defasado, os policiais militares precisam de um reajuste, isso o mais rápido possível, eu não vejo um policial militar se colocar em uma situação de risco dessa por acaso. Ninguém gosta de correr risco, ninguém gosta de trabalhar mais, os policiais militares estão realizando esse tipo de atividade exatamente por conta da grande necessidade que têm de melhorar um pouco mais seus rendimentos", destaca.
Ainda segundo Joelson, não há uma fiscalização e também nenhum tipo de punição para os policiais que fazem essas atividades extras fora do horário de trabalho. Mas, admite que a ação pode colocar a vida do PM em risco e que isso deve ser mudado.
"O empresariado pega esse tipo de serviço devido às questões trabalhistas, porque é uma mão de obra qualificada e, em tese,  barata porque não vai trazer muitos compromissos do empregador com o policial. O que a gente pede mais é a sensibilidade do comando e governo para que olhem para o policial militar e veja que ele tem a necessidade de ter um salário digno e melhor", sugere.
O novo comandante da PM, Júlio Cesar, classifica a realização de bicos como uma atividade ilegal e responsabiliza também os empresários que contratam esses serviços. Segundo ele, o Comando promete punições para os casos comprovados.
 "A Justiça do Trabalho está ai e aqueles empresários que pensam que, por ser um trabalho irregular, eles não têm que pagar direitos trabalhistas se enganam porque afinal de contas, trabalho é trabalho .Vamos punir quem está executando essa ação, mas  a justiça do reconhece, insisto para que os empresário nos ajude e passem a contratar empresas de segurança", destaca.
Colaborou Evely Dias, da TV Acre.

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