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Médica que agrediu criança fala sobre episódio

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Foi apenas um ato irrefletido de minha parte”
A médica Sirlândia Brito, que agrediu uma criança com Síndrome de Down em uma unidade da Unimed na semana passada, deixou silêncio. Foram feitas várias tentativas de saber dela a versão dos fatos por parte da produção da TV Gazeta e AGazeta.Net, via rede social. E é por meio das redes sociais que ela se pronuncia.
NOTA DE ESCLARECIMENTO À SOCIEDADE
É do conhecimento de todos que fui linchada moralmente por ter, segundo as notícias dos jornais e redes sociais, agredido uma criança com síndrome de down, e de ter proferido palavras dizendo que a criança deveria ser trancada numa jaula e de que não deveria conviver em sociedade. Essa versão se espalhou tão rápida e avassaladoramente que fui exposta à execração pública, até nacionalmente. Não tive mesmo reação nem forças para me defender. Recuperando-me dos dias que vivi, esclareço os fatos como aconteceram.
Na data de 14 de setembro, pela manhã, estava em companhia de meu esposo, na sede da Unimed, aguardando atendimento num dos guichês, e enquanto isso, mexia no meu celular. Em dado momento, percebi uma batida em minhas costas, e num ato automático joguei minha mão para trás, sendo que só depois percebi se tratar de uma criança com síndrome de down.
Minha reação não machucou a criança, nem mesmo levou a criança a chorar. Quando a mãe retornou até onde estava a criança expliquei o que tinha acontecido, mas ela não quis conversa, chamando-me de “louca”, “desequilibrada” e que eu estava me trocando com uma criança. Tanto a mãe do menino quanto o pai me insultavam, e eu não aguentando mais, comecei a reagir, verbalmente, também, contra a mãe e o pai do menino.
Em nenhum momento chamei a criança de débil mental ou que ela deveria ficar trancada em uma jaula para não viver em sociedade. O que disse para mãe é que ela deveria educar mais a criança para que ela não ficasse batendo nos outros, pois antes de dizer isso a ela, soube que a criança tinha feito o mesmo com o meu esposo. O pai da criança dizia que ia me matar, e com muita raiva da situação eu disse a ele que não me ameaçasse, se quisesse fazer, me matasse, logo. Meu marido ainda tentou explicar que o ato tinha sido automático, pedindo desculpas, mas ele não aceitou e o chamou de “merda”.
Eles resolveram, então, registrar o B.O, e divulgaram as imagens com a versão deles. Aumentaram os fatos dizendo que eu agi de preconceito contra uma criança com síndrome de down, isso tudo para que tivesse repercussão negativa junto à delegacia e à opinião pública, já que as imagens por si só poderia não ter a repercussão que eles desejavam.
Devido as imagens divulgadas fui chamada de tudo quanto é nome, fui ameaçada e a minha imagem está sendo enlameada publicamente, corro mesmo risco de morte. Foi feito exame de corpo de delito na criança e nada foi detectado de agressão, mostrando que ela não foi agredida ou espancada, foi apenas um ato irrefletido de minha parte. Vivo momentos de transtornos e de sofrimento. Sou ser humana, não sou um animal como eles quiseram fazer crer. Estou acionando também os pais que me difamaram, ameaçaram, caluniaram e me injuriaram, e incitaram as pessoas contra mim. Eles nem mesmo pararam para dialogar. Também estou acionando criminalmente todas aquelas pessoas que me detrataram e me ameaçaram. Houve má-fé e sensacionalismo em tudo o que aconteceu. Tenho fé que esse momento irá passar, e que minha vida irá seguir seu curso normal! Esses foram os fatos! Cada um julga conforme a mesma medida que um dia será julgado!...
agazeta.net

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