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Criança de 8 anos é baleada durante perseguição e troca de tiros com a PM

Menino era aliciado e integrante de facção criminosa, diz PM. 
Celular do menino continha fotos de armas e outros integrantes.

Iryá RodiguesDo G1 AC

Criança de oito foi baleada durante perseguição e troca de tiros com a polícia  (Foto: Divulgação/Sesp-AC)Criança de oito foi baleada durante perseguição e troca de tiros com a polícia (Foto: Divulgação/Sesp-AC)









Um menino de oito anos está internado em estado grave no Hospital da Criança em Rio Branco após ser baleado durante perseguição e troca de tiros com policiais militares na noite desta sexta-feira (21). O menor estava dentro de um táxi com criminosos que planejavam crimes na capital.
A Polícia Militar diz que o menino fazia parte de uma facção criminosa e que fotos no celular do menor mostram ele armado e com outros integrantes da facção. No momento da perseguição, a criança com mais nove criminosos saíam em dois táxis para cometer crimes, segundo a Polícia Militar.
Ao perceberem a perseguição, seguiram para o Segundo Distrito, furaram uma barreira policial e trocaram tiros com a polícia. Na ação, um adolescente de 15 anos foi morto e a criança também baleada.
O tenente-coronel Ezequiel Bino afirma que o menor e o adolescente estavam com outros oito criminosos que foram presos. Eles estariam em uma reunião de planejamento de crimes de uma facção criminosa em uma residência na Baixada da Colina e ao perceberem que estavam sendo observados pela polícia, saíram em fuga.
O menino passou por cirurgia no Hospital de Urgência e  Emergência de Rio Branco e depois foi encaminhado para o Hospital da Criança. No hospital, o G1 foi informado que a criança estava em estado grave e que não estava acompanhada.
O tenente-coronel explica que as pessoas que estavam no táxi não obedeceram a ordem de parada. Ele disse também que a criança era aliciada pelo grupo para cometer crimes.
"Observamos no celular da criança várias fotos junto ao grupo, sinal que é uma vítima, mas que estava sendo aliciada pra a prática de crimes. A parte de inteligência tinha um levantamento que o grupo estava nessa casa e sairia para algumas atividades criminosas. Ao todo, quatro pessoas ficaram ferida após terem furado a barreira policial. Além disso, três armas foram apreendidas", diz Bino.
Briga de facções no Acre
Desde domingo (16), o Acre registra uma onda de execuções que, segundo o secretário da Segurança, Emylson Farias, tem ligação com a briga entre duas facções rivais. O estopim dessa guerra aconteceu na noite de terça-feira (18), quando ao menos 25 criminosos de um grupo organizado armaram uma emboscada para matar presos do semiaberto ligados a uma facção rival. Quatro pessoas foram feridas e apenas um criminoso preso.

O ataque aconteceu na Unidade Prisional 4 (UP4), quando os presos voltavam para dormir na unidade. No dia seguinte, o governo acionou 500 homens do Exército, destes 200 ficaram em Rio Branco e o restante em cidades da fronteira. Além disso, os 380 da chamada "Papudinha" foram  liberados do pernoite até esta sexta-feira (21).
O presídio Francisco D'Oliveira Conde (FOC) também registrou um início de motim na quarta-feira (19). O motim iniciou no pavilhão I, dentro do"Chapão", onde ficam os sentenciados. A assessoria do Iapen confirmou que um grupo de presos começou a bater nas grades e a gritar, mas a situação foi contida a tempo. A visita íntima foi suspensa devido ao ataque registrado na noite anterior.
Na quinta-feira (20), uma briga durante o banho de sol no FOC deixou um ferido em Rio Branco. A Secretaria de Segurança Pública do Acre (Sesp-AC) informou que os presos usaram estoques durante a confusão no pátio da unidade.
No mesmo dia, durante a entrega de marmitas no presídio, os presos se rebelaram e tomaram conta de três pavilhões da FOC. Agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) entraram na unidade e, inicialmente, conseguiram retomar os pavilhões L e K. O Pavilhão J foi o último a ser controlado. Após a rebelião, em coletiva, o governo afirmou que dois carcereiros foram presos sob suspeita de fornecer armas para presos atuarem no complexo.
No total, quatro presos morreram. Um chegou a ser socorrido no Hospital de Urgência e Emergência, mas não resistiu. Além disso, 19 ficaram feridos.

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