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Pesquisa aponta que o Acre é um dos estados com pior desempenho de cobertura vacinal

Estado diz que precisa trabalhar mobilização dos municípios para o alcance ser maior  (Foto: Divulgação/Prefeitura de Campos)
O Acre aparece entre os cinco estados com pior desempenho em cobertura vacinal, segundo aponta o relatório “A Criança e o Adolescente nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)” divulgado pela Fundação Abrinq nesta segunda-feira (24). De acordo com o estudo, que analisa os principais indicadores nacionais associados às crianças e adolescente, o estado acreano tem um pouco mais da metade da população imunizada, 68%.

Dentre os 15 tipos de vacinas incluídas no cálculo, 12 são recomendadas aos menores de um ano de idade. Das três restantes, duas são aplicáveis à população menor de quatro anos e uma à população maior de 60 anos. A parcela da população mais sensivelmente afetada com algum decréscimo na distribuição de vacinas e que incide sobre esse indicador, portanto, é aquela menor de quatro anos de idade.

A análise destaca ainda um grande avanço nas últimas décadas relacionados à imunização. A região Norte apresenta a taxa de cobertura mais baixa entre as regiões, com 76,6%. Destaca-se a região Sudeste com 87,5% de sua população imunizada, seguida das demais regiões, Sul (85,9%), Nordeste (85,5%) e Centro-Oeste (84,7%), ordenadamente, com percentuais iguais.

Durante a análise, o estudo mostra preocupação na porcentagem registrada no Acre. Apenas 68% dessa população é imunizada, segundo o estado, seguido do Distrito Federal (65,4%) e Pará (64,5%), onde pouco mais da metade dessa população é alcançada pelas imunizações.

A gerente de Imunização do Acre, Dora Holanda, atribui esse número a dois fatores. O primeiro à falta de mobilização em alguns municípios do estado e o segundo também às mudanças no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI) que, segundo ela, não contabiliza os dados reais do estado.

“Acho que a falta de mobilização por conta de alguns municípios para divulgar mais, ter o próprio planejamento voltado mais para a mobilização. Se divulgassem mais a questão da importância, teríamos um alcance maior”, explica.

Ela diz ainda que antes de algumas mudanças, o Estado também intervia nas cidades porque os recursos não eram destinados de forma individual. Atualmente, segundo Dora, cada município recebe seu recurso.

“O papel do Estado é acompanhar, monitorar e orientar. Só que a cobrança vem pro Estado, então alguns municípios se acomodam e isso interfere na cobertura. Isso é muito preocupante para a gente”, destaca.

Sobre a mudança no sistema e a discrepância de dados entre a Secretaria de Saúde do Estado (Sesacre) e o Ministério da Saúde, Dora disse que isso já foi oficializado e aguardam uma correção nos números relacionados ao estado.

“Depois que mudou o sistema, mais ou menos em 2014, às vezes ele dá problema. Estamos oficializando ao Ministério da Saúde para atualizar o nosso banco de dados, porque interfere na nossa cobertura vacinal. Por exemplo, teve município que alcançou a cobertura 100% de todos os grupos prioritários, mas está com a cobertura baixa no site e isso está em investigação junto ao Ministério da Saúde”, finaliza.


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