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Guerra entre facções recomeça em Rio Branco e secretário diz: “Eles se matam entre si”

Emylson Farias volta a culpa governo Temer pelo aumento da violência no Acre/Foto: Ascom
Horas após a execução de quatro pessoas na capital do Acre, Rio Branco, e incêndio de carros em um suposto recomeço da guerra entre facções rivais, o secretário de Segurança Pública, Emylson Farias, concedeu coletiva à imprensa no bairro Sapolândia, em Rio Branco, e afirmou que a violência no Acre é fruto do enfrentamento entre as facções e a incompetência da União em resolver o assunto.
Ao ser questionado sobre ações pontuais do Acre, Emylson se resumiu a dizer que as fronteiras deixam o Acre em situação fragilizada e que a violência tem tomado conta do estado, seguindo um crescimento nacional das facções.
“O ministro da Defesa deu uma declaração dizendo que a segurança pública está falida. Ele dizia também que o crime se transnacionalizou”, diz.
A declaração de Emylson colocando a responsabilidade da violência que explodiu no Acre apenas na união aconteceu na entrada de um dos locais mais periféricos de Rio Branco, a Sapolândia, onde a cúpula da Secretaria de Segurança Pública realizou uma cerimônia com pompa e circunstância em frente à bandeira do Acre, hasteada em um mastro improvisado, onde as autoridades disseram que estavam realizando a ocupação da localidade para combater a marginalidade.
A ocupação que a cúpula da Segurança Pública diz que fará na Sapolândia é uma imitação das ocupações dos morros no Rio de Janeiro, com a diferença que sem efetivo policial suficiente a ocupação deve durar apenas enquanto as câmeras de televisão convidadas para a coletiva estiverem ligadas.
“Essa ocupação aqui hoje não é por conta das 4 execuções ocorridas na madrugada, já estava planejado. É uma ocupação de combate à violência. Deve durar 24 ou 48 horas e depois vamos para outro lugar”, diz.
“Eles se matam entre si”, diz Emylson Farias ao amenizar a guerra urbana no Acre
“Nunca se viu tirarem um pai de família de uma mesa enquanto ele está jantando para decapitarem”, afirmou o secretário de Segurança ao dizer que não há vítimas inocentes entre as guerras de facções que tomou conta do Acre, esquecendo de mencionar os acreanos que já foram vítimas de violência, como foi o caso do menor de 13 anos executado a tiros na frente da mãe porque demorou a entregar o celular a um assaltante.
Questionado se o Estado não irá intervir na guerra de facções porque é formada por criminosos e que, portanto, a segurança pública não se preocupa tanto com o assunto, Emylson negou veementemente. “Sabemos que nossa obrigação é intervir, é obrigação do Estado sim”, disse.
Ao ser questionado se o impacto das execuções e decapitações é menos chocante por se tratar de membros de facções, Emylson ponderou e reconheceu que a obrigação do Estado é garantir segurança, até mesmo para resguardar inocentes em caso de incêndios de ônibus ou balas perdidas.
folhadoacre

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