Mortes por Aids crescem 29% no Acre em 10 anos, segundo Ministério da Saúde
Dados foram divulgados nesta terça-feira (27). Coeficiente de mortalidade no Acre passou de 2,7 em 2007 para 3,5 óbitos por 100 mil habitantes em 2017
O coeficiente de mortalidade por Aids aumentou 29% no Acre em dez anos, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta terça-feira (27). De acordo com o levantamento, o coeficiente de mortalidade no estado passou de 2,7 em 2007 para 3,5 óbitos por 100 mil habitantes em 2017.
Em números absolutos, o aumento foi de 160%, passando de 10 mortes por Aids em 2007 para 26 óbitos em 2017. Ao G1, o coordenador do Programa Estadual DST/Aids, Nelson Guedes, informou que os número divulgados pelo Ministério não condizem com os registrados no estado.
“Inclusive, fiz esse questionamento ainda nesta quarta-feira [28] para o departamento, porque isso não condiz com a realidade. Cobrei deles o nome dos pacientes que vieram a óbito, porque não está batendo com os casos registrados no estado”, afirmou Guedes.
Em relação aos casos de Aids, desde o ano de 2007, também observa-se leve aumento da taxa de detecção da doença no estado. Eram 8,4 casos para cada 100 mil habitantes em 2007, e, em 2017, são 8,8 para cada 100 mil habitantes.
Porém, se comparar os últimos três anos, a taxa de detecção de Aids no estado reduziu 3,2%. Saindo de 9,1 casos para cada 100 mil habitantes, em 2014, para 8,8 em 2017.
Dados nacionais
Segundo o Boletim Epidemiológico, da estimativa de pessoas infectadas pelo vírus no país, 84% estão diagnosticadas e, portanto, têm conhecimento do estado sorológico.
Embora essa taxa tenha se mantido de 2016 para 2017, o índice de pessoas em tratamento aumentou, passando de 60% para 75%. Até setembro de 2018, 585 mil pessoas estavam em tratamento para Aids no Brasil. Destes, 87% estão fazendo tratamento com o remédio Dolutegravir.
A meta da Organização das Nações Unidas (ONU) para 2020 é que o percentual de diagnosticados chega a 90%. Destes, espera-se que 90% façam tratamento e que 90% também cheguem ao nível indetectável de HIV no sangue — estado de tamanha baixa na concentração do vírus que a chance de transmissão do vírus é quase nula.
Atualmente, o Brasil tem 866 mil pessoas portadoras do HIV ou com Aids, segundo estimativa o Ministério da Saúde. Destas, 92% estão com o vírus indetectável.
Fonte: G1