Acre ocupa 6º pior posição no ranking de eficiência do judiciário, aponta estudo
Estado tem taxa de congestionamento de processos de 60,9%. Dados são do Atlas da Eficiência na Gestão Judiciária divulgados nesta terça-feira (4).
Por Iryá Rodrigues, G1 AC — Rio Branco
O estado do Acre ocupa a sexta pior posição no ranking de
eficiência no judiciário, segundo dados do Atlas da Eficiência na Gestão
Judiciária divulgados nesta terça-feira (4). Dos 27 Tribunais de Justiça
Estaduais, o TJ-AC ocupa a 22º posição.
O G1 entrou
em contato com Tribunal de Justiça do Acre para comentar sobre o estudo e foi
informado que o órgão deve se pronunciar posteriormente, quando a equipe de
administração retornar de uma agenda em Brasília.
O Atlas, que conta
com o apoio institucional da Universidade de Brasília (UnB), compara a gestão
pública entre estados, traduzindo em números e permitindo verificar quais são
mais ou menos eficientes em diferentes setores.
A publicação foi
desenvolvida por uma startup de inovação e pesquisa sem fins lucrativos do
Distrito Federal. Trata-se de uma ferramenta com a intenção de melhorar a
gestão do dinheiro público, reduzindo o desperdício e otimizando os serviços.
Conforme os dados, o
estado do Acre tem uma taxa de congestionamento de processos de 60,9%. Dos
5.484 processos que tramitaram no tribunal em 2017, 76.424 foram baixados.
O estudo mostrou
que, para atender a população acreana, o tribunal tem 71 magistrados e 1.344
servidores. No ano passado, a despesa total do órgão (exceto gastos com
inativos e obras) foi de mais de R$ 250,6 milhões.
Reduzir gastos
O levantamento apontou que a unidade
judiciária do Acre produz apenas 43,9% do que seria capaz de produzir,
considerando os insumos disponíveis. O atlas ressalta que, para o estado se
tornar “eficiente”, é preciso reduzir em 56,1% os gastos, já que as despesas
por processo tramitado é de mais de R$ 1,2 mil e o valor desejado seria de
pouco mais de R$ 560.
No caso do número de magistrados por
100 mil processos tramitados, atualmente existem 36 profissionais e, de acordo
com o estudo, seriam necessários 16. Ou seja, uma redução de 55,6% no número de
magistrados.
Já com relação ao número de
servidores por 100 mil processos tramitados, o valor atual é de 688, sendo que
o número “desejado”, segundo o atlas, seria 206 servidores.
Além disso, para se tornar eficiente,
o levantamento aponta que o tribunal do Acre precisa aumentar a produção em
127,5%, saindo de uma taxa de fluidez de 39% para 88,93% de processos
tramitados.
ac24horas