As falas de Bolsonaro e Guedes que fizeram o Ibovespa bater máxima histórica e o dólar cair 1%
Indice manteve ganhos mesmo com dia volátil em Wall Street e ganhou força após entrevista de Paulo Guedes à Bloomberg
O Ibovespa voltou a renovar sua máxima histórica nesta quarta-feira (23), se descolando do dia morno em Wall Street e impulsionado pelas falas de Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, em
Davos. Apesar da forte repercussão, o mercado não sofreu impacto do cancelamento da entrevista coletiva que concederia durante o evento.
O Ibovespa fechou com alta de 1,53%, aos 96.558 pontos, renovando sua máxima histórica. O volume nanceiro cou em R$ 14,428 bilhões. O dólar futuro com vencimento em fevereiro teve queda de 1,44%, a R$ 3,764, enquanto o dólar comercial fechou com perdas de 1,11%, a R$ 3,7633, na mínima do dia.
O mercado repercute o tom mais incisivo do presidente Jair Bolsonaro sobre a reforma da previdência em entrevista à Bloomberg, além da fala de Paulo Guedes sobre taxação de JCP e dividendos.
Bolsonaro prometeu reformar a Previdência, adotando a idade mínima, e armando que a mudança será substancial. Ele disse ainda que a situação dos estados aponta para a aprovação da reforma, que interessa aos governadores. Por outro lado, perguntado sobre a participação dos militares, o presidente armou o sistema de aposentadoria das Forças Armadas entraria apenas “numa segunda parte da reforma”.
Vale destacar ainda que Bolsonaro, que seguiria com a sua agenda em Davos, cancelou entrevista coletiva que faria com o ministro da Economia Paulo Guedes e o ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro às 13h (horário de Brasília).
Ainda sobre Davos, em almoço fechado promovido pelo Itaú, Paulo Guedes armou que o governo quer simplicar a tributação e diminuir a taxação para pessoa jurídica de 34% para 15%, enquanto pretende taxar os dividendos e juros sobre capital próprio. Esta mudança pode ter impacto negativo para diversas ações,
como elétricas, bancos e outros setores, mas ainda não teve reação no mercado.
Desde a campanha de Bolsonaro existe a temática da tributação de dividendos. A novidadediz respeito aos JCP – outro formato de distribuição de lucro a acionistas, no qual o Imposto de Renda, hoje, é retido diretamente na fonte.

