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Jorge Viana terá renda mensal de R$ 42 mil em pensões pagas pelo Acre e Senado Federal

Petista está entre os 26 senadores e 142 deputados com direito a aposentadoria especial

ARCHIBALDO ANTUNES, DO CONTILNET 

MARAJÁ
O senador Jorge Viana é um sujeito de muitos privilégios – sendo que um deles foi criado por ele próprio e aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado, à época em que comandou o Executivo Estadual. Trata-se da famigerada pensão de ex-governador, que o irmão, Tião Viana, também do PT, tratou de reajustar antes de deixar o cargo, no último dia de 2018.

Minúcias

O parlamentar petista terá direito à aposentadoria de ex-senador dentro do que prevê o Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSSC), que a partir de 1997 criou regras mais rígidas à concessão do benefício. Para requisitar a pensão, ex-deputados e ex-senadores devem ter idade mínima de 60 anos – o que Jorge haverá de completar em setembro – e 35 anos de contribuição à Previdência Social em qualquer modalidade.

Matemática financeira

Os oito anos de mandato no Senado lhe dará direito a receber R$ 7.712 de aposentadoria (e não 33,7 mil reais, conforme divulgado por um site local). Isso porque o PSSC estabelece o benefício em 1/35 (um trinta e cinco avos) do valor do vencimento – ou seja, a cada ano é acrescentado R$ 964 ao montante do benefício.

Eles são artistas

Crítico feroz da Reforma da Previdência, proposta por Michel Temer, Jorge Viana argumentava a supressão de direitos adquiridos pelo trabalhadores. Puro embuste. A verdade é que a proposta limitava o teto dos benefícios, incluindo o das excelências, aos R$ 5,6 mil permitidos ao aposentado comum. Trocados os miúdos, o senador do PT e seus correligionários no Congresso, ao que parece, estavam mais preocupados com o próprio bolso.

É muita hipocrisia!

A reforma previdenciária também impunha a idade mínima de 62 anos (mulheres) e 65 anos (homens), além do adicional de 30% de trabalho ao tempo que faltaria para a aposentadoria. A mudança alcançaria também os políticos. Jorge Viana, que hoje acumula mais de R$ 88 mil de renda – entre salário de senador e pensão de ex-governador – rugiu em defesa dos assalariados. Feitas as contas, estes últimos levariam, em sua imensa maioria, 7,6 anos para juntar o que lhe cai na conta bancária num único mês.

Farinha do mesmo saco

Nestas mesmas considerações também se enquadra o deputado federal Flaviano Melo (MDB), outro a levar vida de marajá à custa da espoliação dos contribuintes.

Ladinos

Não obstante as bravatas altissonantes da esquerda gasguita, um cálculo feito pelo consultor do Senado e economista Pedro Nery mostra que a reforma previdenciária proposta por Temer alcançaria 34,6% dos trabalhadores. Os mais abonados, óbvio. Mas a companheirada, sempre muito ladina, segue a se fartar de brioches enquanto nos falta pão.

Promessa é dívida

A coluna aproveita para cobrar do atual governador Gladson Cameli a promessa de acabar com essa excrescência em forma de auxílio pós-mandato, que é aposentadoria de ex-governadores. Basta uma canetada, excelência! E o alarido dos descontentes haverá de acabar no Supremo Tribunal Federal (STF), cujos ministros já declararam o benefício inconstitucional.

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