Ex-prefeito e ex-vereadores são condenados por contratar funcionários fantasmas no AC
Mano Rufino e dois ex-vereadores de Sena Madureira foram condenados por improbidade administrativa e tiveram os direitos políticos suspensos.
O ex-prefeito Mano Rufino e dois
ex-vereadores de Sena Madureira, interior do Acre, foram condenados por
improbidade administrativa e tiveram os direitos políticos suspensos. A
sentença é referente a contratação de funcionários fantasmas na prefeitura e
Câmara Municipal.
Rufino; Mastroiane Furtado, que era
presidente da Câmara de Vereadores da cidade; e Cleyton Ribeiro Branco, ex-vice
presidente, estão proibidos ainda de contratar com o Poder Público, perderam a
função pública, pagamento de multas e bloqueio de bens.
A reportagem não conseguiu contato
com a defesa dos ex-gestores. A decisão, publicada no Diário da Justiça
Eletrônico desta semana, cabe recurso.
Segundo a Justiça, Rufino teria
contratado três pessoas para a prefeitura e uma funcionária para a Câmara de
Vereadores.
Funcionários
Além dos ex-gestores, quatro pessoas,
apontadas como funcionários fantasmas, foram condenadas a devolver os valores
recebidos de forma ilegal, pagamento de multa e bloqueio de bens.
O G1 não conseguiu
contato com as defesas de Antônio Charles de Freitas, Pâmela Mendes, Janete
Sales de Castro.
Já a defesa do radialista Dirley
Nascimento de Oliveira disse que ainda não teve acesso a decisão. Porém,
garantiu que o radialista prestou serviços como assessor de comunicação da
prefeitura.
“Juntamos, inclusive, todas as
matérias ao processo. Não tive acesso a decisão ainda”, reafirmou o advogado
Tobias Levi.
Processo na Câmara
O procurador Denver Mac Donald contou
que o processo é de 2014. A época, Donald representava a Câmara de Vereadores
da cidade, e atualmente representa a prefeitura.
Ele explicou que os casos são
separados, mas foram incluídos em um único processo. Segundo ele, o primeiro
caso que surgiu de funcionário fantasma foi de Janete Sales, que foi contratada
por Cleyton Ribeiro e Mastroiane Furtado.
“Segundo a denúncia, a Janete teria
sido contratada como fantasma, mas ela era assessora de gabinete, foi
contratada certinha e ficava em casa para fazer isso. Até porque a Câmara não
ter espaço para gabinete, houve uma confusão na época”, ressaltou.
Processo da
prefeitura
No mesmo processo, Donald relembrou
que surgiu a acusação de contratação fantasma pelo então ex-prefeito Mano
Rufino. Ele teria contratado três funcionários fantasma para a prefeitura.
Ficou confuso porque sabíamos do caso
da Janete, mas os demais da prefeitura não tinham porque estar no mesmo
processo. Ministério Púbico deveria ter separado o processo da prefeitura e da
Câmara. Isso até para tese de defesa, mas não foi acatada a teoria e virou um
processo só”, complementou.
Donald revelou que a sentença saiu
ano passado, mas foi publicada apenas esta semana. O caso está em fase de
recursos. Ele acrescentou que a prefeitura já foi intimada e deve entrar com
ação de regresso.
"Só que tem toda essa questão do
trânsito julgado e estamos aguardando e se for o caso vamos pensionar mais
correndo o risco de ser julgada improcedente a ação e a prefeitura não receber
nada”, concluiu.