Rio Branco já registra mais de 4 mil casos suspeitos de dengue; aumento é de 52%

A prefeitura de Rio Branco vem trabalhando desde o mês de novembro para
combater o risco de surto de dengue na capital acreana. O alerta é real e
equipes da secretaria municipal de Saúde estão nas ruas diariamente realizando
os arrastões pelos bairros. Até agora, já foram 4.211 casos
notificados/suspeitos, o que significa um aumento de 52% em relação ao mesmo
período de 2018, quando o número foi de 2.733 casos.
O Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti
(LIRAa) indica que Rio Branco é uma das cidades brasileiras mais ameaçadas de
sofrer com surto ou epidemia de dengue, zika e chikungunya. Nesta quarta-feira,
11, o arrastão de combate ao mosquito Aedes aegypti ocorreu no bairro Adalberto
Aragão.
Segundo o Departamento Vigilância em Saúde da Semsa, há infestação do
mosquito em todos os bairros, por isso a necessidade de os moradores
colaborarem com as ações da prefeitura e ajudarem no que diz respeito à limpeza
dos quintais de suas residências.
Apesar de os agentes de endemias encontrarem bairros conscientes com
relação à infestação do mosquito, ainda se deparam com lugares de muitos
criadouros do mosquito Aedes Aegypti nos quintais. As análises de laboratório
apontam que 65% dos casos notificados têm resultados positivos, ou seja, a
maioria dos suspeitos tem diagnóstico confirmado.
O diretor do Departamento Vigilância em Saúde da Semsa, Félix Araújo da
Silva, informou ainda que, por semana, há uma média de 20 casos suspeitos de
dengue. Número, segundo ele, considerado normal para o período de chuvas.
“Temos uma elevação dos dados com relação a 2018 porque em 2019 houve uma
epidemia. O grande diferencial desse momento é que está havendo um alto índice
de infestação. Então na maioria das casas há a presença do mosquito. Temos a
doença, mas ainda dentro do normal e considerando, no estado, a situação de
Cruzeiro do Sul e demais municípios é de esperar que com o vírus circulando
possa chegar em Rio Branco e com a quantidade de mosquito que nós temos há uma
grande risco de termos surto e/ou epidemia de dengue esse ano.”, alertou.
Prevenção
A metodologia da pesquisa utilizada para realizar o levantamento (LIRAa)
permite identificar onde estão concentrados os focos do mosquito em cada
bairro, além de revelar quais os principais tipos de criadouros predominantes.
Os resultados reforçam a necessidade da intensificação das ações de prevenção
pois apontam que o armazenamento de água no nível do solo (doméstico), como
caixa d’água, foi o principal tipo de criadouro do mosquito com 56,7%, seguido
por pequenos depósitos móveis com 24,1%, depósito fixo com 2,1%, pneus 7,9% e
lixo doméstico, entulhos 9%.
Por isso, alertam os agentes de saúde, que a melhor forma de se evitar a
dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação
do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em
latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos,
vasinhos de planta, jarros de flores, garrafas, caixa d’água, tambores, latões,
cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.
Fonte: Ascom/PMRB
