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Sinteac discorda de avaliação de professor


O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Acre (Sinteac), Manoel Lima, discorda da nova regra lançada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, sobre a avaliação para novos professores da rede pública de ensino. Manoel Lima disse que o assunto é muito antigo, inclusive no Sinteac, porque a finalidade desse critério é para que o professor seja cada vez melhor, e isso depende de avaliação.“Qualquer tipo de avaliação, antes ou depois da carreira, é muito complexo. Se não tivermos critério de avaliação que seja seguro, nós poderemos, ao invés de sermos avaliados, sermos deferidos. O gestor público, ao invés de avaliar, pode deferir”, declarou.Ainda segundo o presidente, o concurso público para os trabalhadores é o melhor caminho. Ele acredita que esse assunto, mesmo que debatido novamente, não se esgotaria e não teria uma solução imediata.“Se nós chegarmos a uma conclusão que o concurso público não é o método mais correto, com certeza surgirá um debate para criar outro tipo de seleção. Mas para hoje, o mais correto ainda é o concurso público”, informou Manoel.Ele também informou que já realizou um amplo debate no Estado sobre a avaliação de desempenho, mas a categoria não conseguiu chegar a um consenso. “Para nós é preocupante querer substituir um concurso público por provas, porque isso pode gerar favorecimento, apadrinhamento e, conseqüentemente, perseguição”, finaliza.De acordo com informações da professora da rede pública Helen Soares, que ensina há 13 anos no Estado, nas escolas fala-se muito em vários tipos de avaliação de professores, inclusive sobre “prêmio de valorização”. Mas na opinião dela o que existe é desvalorização.A professora também acredita que esse método possa servir para medir a capacidade do futuro profissional, sem interferir na desvalorização dele. “Esse sistema de avaliação para professores iniciantes, que será semelhante ao Enem, é um parâmetro para medir a capacidade do profissional. Veremos se será feita de uma maneira responsável e consciente”, afirmou. A educadora JoanaA educadora Joana Ferreira disse que esse método avaliativo será mais complicado. Ela acredita que o profissional vai ter mais interesse e, conseqüentemente, obter mais conhecimento.“Esse novo conceito de avaliação só fará com que o professor se torne cada vez mais capacitado. Sei que vai ser difícil, por outro lado vai ser melhor para o conhecimento do professor. Eu sou professora de contrato provisório, com certeza eu serei uma dos que futuramente possam passar por esse critério”, declarou.De acordo com informações de Lucivaldo Lima, funcionário público, pai de aluna do município, disse que tanto o critério de concurso público como o método de provas, é avaliativo, mas para ele a forma mais correta ainda é o concurso público.“Queremos sempre pessoas que gostem de transmitir conhecimentos para nossos filhos nas escolas. Um certame desse tipo tende para uma gama maior de conhecimentos colocados à prova, além do que se aprende em sala de aula, portanto acredito que o concurso público seja a forma mais correta”, ressalta. O Ministro da educação, Fernando Haddad, disse que as notas obtidas pelos professores não serão divulgadas. O processo é destinado apenas para os professores que ainda não estão na rede pública. Por isso não há por que professores que já estão atuando temerem a avaliação.Em 2011, a prova será destinada a docentes que tenham interesse em trabalhar com alunos dos primeiros anos do ensino fundamental e da educação infantil. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) será responsável pelo exame.

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