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Educação: Pesquisa mostra fraco estimulo dos professores

Aulas mais diversificadas, maior quantidade de aulas de reforço, ambiente escolar limpo e conservado, computadores com acesso à internet. Esses foram os principais itens observados durante pesquisa realizada com alunos do 6º e 7º anos do Ensino Fundamental da rede municipal e que teve como objetivo ouvir a opinião da escola sobre os desafios do segundo segmento.
Além dos alunos, professores e diretores de 40 escolas também foram ouvidos. O diferencial, desta vez, foram os entrevistadores: 120 alunos (3 por escola) de 8º e 9º anos, também do Ensino Fundamental, que receberam treinamento especial para realizar o trabalho.
Considerado um dos maiores desafios educacionais, o segundo segmento do ensino fundamental vem apresentando resultados insatisfatórios na Prova Brasil, de acordo com a secretária de Educação do município, Claudia Costin. Em 2005, os alunos de 6º ao 9º anos tiveram média 4,71. Em 2007, o indice diminuiu, passando para 4,60. Já em 2009, a média voltou a aumentar, chegando a 4,88, de acordo com a secretária. Esse resultado, porém, ainda está aquém do esperado em um município que possui 986 escolas de Ensino Fundamental, sendo 405 de segundo segmento, onde estudam 249 mil alunos.
A pesquisa apontou que 29% dos alunos entrevistados acreditam que o valor mais importante para que a escola se torne um lugar melhor para estudar é a conservação do local. Os resultados também mostram como os adolescentes estão cada vez mais ligados ao mundo digital. Para 24,4% dos entrevistados, a escola ideal é aquela que possui computadores conectados a internet, enquanto 18, 5% acreditam que mais espaços para a prática de esportes fariam da escola um ambiente melhor para os estudos.
Já para os professores, a melhor escola é aquela onde a participação dos pais é maior, acompanhando a vida escolar dos filhos e interagindo no próprio dia a dia da escola. As regras de convivência entre os alunos foram o segundo item mais importante apontado pela pesquisa, com 28,2%, mostrando que o bom relacionamento é vital para as aulas. Pontos como mais contato com a diretoria, mais espaço para a prática de esportes e melhor conservação do espaço também foram considerados relevantes pelos professores.
Quando o assunto são as aulas, a opinião de alunos e professores é bem diferente. Os estudantes consideram que, apesar da maioria dos professores ensinar bem a matéria, os mesmos não têm prazer com o que fazem. Outro dado que chama atenção é o fato de que mais da metade dos alunos entrevistados não se sente à vontade para tiras as dúvidas com os professores em sala de aula. Já para os professores, o principal problema em sala é que a maioria dos alunos não se esforça para aprender as matérias (42%), apesar do tempo que passam para preparar aulas e corrigir as provas.
As divergências de opinião só cessam quando as perguntas são direcionadas para a transição entre o primeiro e o segundo segmentos: 43% de alunos e professores acreditam que os estudantes tinham mais facilidade no 5º ano. Um dos motivos é o aumento do número de matérias e professores especializados. Além disso, as mudanças dos próprios alunos, que estão passando da infäncia para a adolescëncia, também é fator que influencia na qualidade do ensino.
Fonte: MEC

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