Queda de braço entre Deracre e caminhoneiros pode resultar em fechamento da BR-364
A BR-364, trecho entre Manuel Urbano e Feijó pode ser fechada a qualquer momento pelos mais de mil filiados do Sindicato dos Caminhoneiros do Acre, por causa da decisão do governo do Estado que limita transporte de cargas de até sete toneladas pela rodovia, entre os dois municípios. É o que garante o Presidente do sindicato da categoria, Paulo Guedes.
A normativa do governo do Acre, de acordo com Paulo Guedes, vale apenas para os caminhoneiros de pequeno porte. Segundo ele, há provas de que empresários de Cruzeiro do Sul transportam pelo trecho, peso superior ao estabelecido e não são “barrados”, sem falar nas empreiteiras que executam as obras da BR, que transportam insumos pela rodovia. O Diretor-presidente do Deracre – Departamento Estadual de Estradas e Rodagem do Acre -, Marcus Alexandre, nega que isso esteja acontecendo. Segundo ele, a Polícia Militar faz o trabalho contínuo de fiscalização de cargas e é impossível que a norma não seja cumprida.
Por outro lado, o caminhoneiro Paulo Guedes pede a liberação da rodovia até o dia 25 de dezembro. “A gente vive disso. Eu tive oito reuniões com o Marcus Alexandre, propus que em dia de chuva a gente não ira rodar. Propus peso bruto de até cinco toneladas e ele plantou um autoritarismo. Disse que só passava o que ele determinou”.
Argumentando que a norma tem por objetivo manter o trecho entre Manuel Urbano e Feijó trafegável durante o inverno amazônico, Marcus Alexandre confirma que o governo “não abre mão e não vai permitir sob hipótese alguma a passagem desse tipo de transporte”, conclui.
Rio Branco, Acre