Acre começa 2012 como ‘baixo’ contribuidor para o desmatamento da Amazônia Legal
No que diz respeito à preservação ambiental, o Acre começou 2012 mantendo um título (repartido com Roraima e com Tocantins) que há anos não sai de sua alcunha. Trata-se do mérito de ser um dos 3 estados que menos contribuem para o desmatamento da Amazônia Legal, um reconhecimento que o boletim mensal do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) não cansa de lhe conferir. Segundo o relatório, a região inteira teve um desmatamento de 33 quilômetros quadrados (Km²) em janeiro, sendo a participação acreana de apenas 1% (0,33 Km² ou 333m² desmatados).
Tomando como base o sistema do Imazon, chega a ser até ‘apelação’ comparar o desempenho do Acre com o de outros estados regionais. Enquanto a participação local se limita aos 1%, o Amazonas tem um representatividade de 9% (2,97 Km²), Mato Grosso tem 12% (3,96 Km²) e Rondônia tem 33% (10,89 Km²) no processo de desmate da região. Mas, sem dúvida, o grande contraste com o Acre quando se trata de preservação do seu território é o Pará. Tal Estado tem uma responsabilidade de 45% (14,85 Km²) no desmatamento regional.
De fato, o nível do desmatamento raso no Acre inteiro para o mês passado ficou tão baixo que o Imazon atesta que ele foi 16 vezes menor do que na cidade de Porto Velho/RO (5,3 Km² desmatados), e 12 vezes e meia menor do que em São Félix do Xingu/PA e Cumaru do Norte/PA (ambos com 4,1 Km² desmatados).
Já no desmatamento acumulado dos últimos 6 meses (entre agosto de 2011 até janeiro de 2012), o Acre também mantém a sua ‘participação insignificante’. Dos 600 Km² desmatados que o Imazon detectou na Amazônia neste período (valor 30% abaixo do que o registrado pelo instituto no mesmo intervalo do ano anterior - 846 Km²), o Acre é responsável por apenas 18 Km² desta área desmatada, o equivalente a um percentual de 3%.
O Pará também é o grande líder do ranking do desmatamento acumulado, com 246 Km² desmatados (41%), seguido de Rondônia, com 130 Km² (21,66%), Mato Grosso, com 128 Km² (21,33%), Amazonas, com 53 Km² (8,83%), e o Acre. Dando continuidade, apenas os estados de Roraima, com 14 Km² (2,33%), e Tocantins, com 11 Km² (1,83%), tiveram uma participação no desmatamento acumulado menor do que a acreana.
Florestas - Em relação à degradação das florestas da Amazônia (isto é, as áreas de matas que são intensamente exploradas por atividades da ação humana), o Imazon nem sequer insere o Acre no gráfico das porcentagens, pelo fato de sua degradação ter sido inferior a 1%. Dos 54 Km² de florestas degradas, o Pará tem uma representatividade de 50% (27 Km²), o Mato Grosso 42% (22,7 Km²), Rondônia 7% (13 Km²) e Amazonas 1% (540 m²).
Na degradação florestal acumulado dos últimos 6 meses, o Imazon revela que o Acre, com uma baixa de 98%, foi o Estado que teve a menor redução no seu percentual de degradação para o período. Na sequência, vieram o Amazonas (com queda de - 86%), Rondonia (- 85%) e o Pará (-69%) neste mesmo critério.
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