Advogada especialista em revalidação de diplomas no Acre
A deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB) promoveu nesta
quinta-feira, 25, no Cine Teatro Recreio – Rio Branco, reunião com
brasileiros que estudam medicina na Bolívia para discutir a Medida
Provisória que regulamenta o programa Mais Médicos, que deverá ser
votado após o recesso parlamentar na Câmara dos Deputados, e as regras
do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por
Instituições de Educação Superior Estrangeiras, o Revalida.
De acordo com a medida do governo federal, médicos formados em países
como Peru e Bolívia não poderão participar do programa porque os países
não atendem a proporção 1,8 médicos para cada grupo de mil habitantes.
Perpétua Almeida apresentou emendas a MP para incluir todos os
estudantes formados no exterior.”Não estou vendendo facilidades. Tenho
clareza que se as universidades públicas oferecessem mais vagas e as
privadas não fossem tão caras os brasileiros não procurariam estudar
fora do Brasil. Mas, eles estão e com o conhecimento do Itamaraty. O meu
mandato acabou virando referência nessa questão porque ajudamos a
encaminhar mais de 15 mil documentos de jovens que foram estudar no
exterior”, disse Perpétua.
Para esclarecer as dúvidas com relação do processo de revalidação de
diplomas obtidos no exterior, veio de São Paulo, a advogada Aurélia
Takahashi, especialista no tema. Aurélia já conseguiu a revalidação de
mais de três mil diplomas estrangeiros e está trabalhando na revalidação
de outros mil diplomas. Durante o encontro, ela tirou as dúvidas dos
mais de 200 estudantes presentes à reunião.
O deputado estadual Eduardo Farias (PCdoB) apresentou aos estudantes a
proposta feita à Universidade Federal do Acre. Segundo ele, proposta
que foi gestada juntamente com o governo do estado e com a secretaria de
Saúde, consiste numa bolsa no valor de um contrato para os estudantes
que fizerem a complementação das matérias na Ufac. Ao concluírem e
terem seus diplomas reconhecidos esses profissionais serão destinados às
áreas mais carentes do estado.
“Só dependemos agora da resposta da Ufac. Já apresentamos essa
proposta, mas ela ainda depende da disponibilização de 30 a 40 vagas,
por ano. Estamos aguardando a resposta”, informou Eduardo Farias.
Atualmente, 20 mil brasileiros estudam medicina na Bolívia, sendo
seis mil acreanos. Após a conclusão do curso, eles precisam ter o
diploma revalidado por uma universidade brasileira para que possam
trabalhar no Brasil como médicos. De acordo com informações, a
revalidação em faculdades particulares brasileiras custa, em média, R$
100 mil.
http://www.ac24horas.com/2013/07/26/perpetua-traz-para-o-ac-advogada-especialista-em-revalidacao-de-diplomas/