Lei que garante atendimento no SUS a vítimas de estupro é sancionada
A lei, sancionada nesta quinta-feira (1º) pela presidente Dilma Rousseff, também prevê tratamento com uso da pílula do dia seguinte.
A presidente Dilma Rousseff
sancionou nesta quinta-feira (1º) a lei que dá garantias de atendimento
em hospitais públicos para vítimas de violência sexual. A lei também
prevê tratamento com uso da pílula do dia seguinte.
Era apenas uma recomendação, mas a daqui a 90 dias passa a ser uma
obrigação dos hospitais do SUS dar atendimento emergencial e integral
para vítimas de estupro. No atendimento está incluída a distribuição da
pílula do dia seguinte, tratamento das lesões, amparo psicológico, exame
de HIV. E isso sem que a vitime tenha que ir antes à policia. Fazer um
boletim de ocorrência.
“Esse projeto, ao ser sancionado, ele transforma em lei aquilo que já é uma política que está estabelecida em portaria pelo Ministério da Saúde que garante o atendimento humanizado, respeitoso a qualquer vítima de estupro”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
O texto foi sancionado sem vetos. Mas nesta quinta mesmo a presidente
encaminhou um novo texto ao Congresso, para corrigir o que chamou de
ambiguidades. Que grupos pudessem pensar que a lei abria brechas para o
aborto.
Estabelece que violência sexual é qualquer atividade sexual não
consentida contra mulheres, homens, adolescentes e crianças e portadores
de deficiência mental. E define como profilaxia da gravidez o uso de
medicação com eficiência precoce para prevenir gravidez resultante de
estupro. O uso da chamada pílula do dia seguinte, em até 72 horas.
Segundo o Ministério da Saúde, desde que a pílula do dia seguinte
começou a ser distribuída no Sistema Único de Saúde, o número de aborto
permitido por lei caiu 50%. De 3,2 mil em 2008 para 1,6 mil no ano
passado.
“Ele permite que ela não passe por um segundo sofrimento que é a
prática do aborto legal porque ela pode praticar o aborto se ela
conceber. O que esse projeto faz é exatamente evitar que se pratique
depois o aborto legal”, declarou Gilberto Carvalho, min Sec-geral da Presidência.
G1