'Sem educação não há salvação', diz Alexandre Garcia
O comentarista de política diz que no país da quantidade repetimos ambições em um mundo que avança fundamentado na qualidade da educação.
Especialistas fazem comparações com o Chile, pois Chile, Argentina e Uruguai resolveram seus desafios em educação há 150 anos.
Nós ainda não entendemos que sem educação não há salvação. A
consequência é o amadorismo e improviso, como se viu na visita do Papa.
Na minha geração, o curso médio havia a opção entre o clássico e o
científico, já encaminhando o jovem para um ramo do curso superior. E a
escola pública, o grupo escolar, entregava todos iguais, pobres ou
ricos, não importava a cor da pele, para o ginásio. As professoras eram
formadas por em geral excelentes escolas normais, que exigiam muito na
didática, na psicologia, na pedagogia.
No país da quantidade, ficamos repetindo ambições em um mundo que
avança fundamentado na qualidade da educação. Um professor da
Universidade Federal de Viçosa me contou que quando fez doutorado nos
Estados Unidos, há 30 anos, 90% de seus colegas eram chineses. Era a
China se preparando para os saltos que tem realizado.
Aqui, os jovens de junho clamaram por prioridade para a educação. O que
significa currículos de excelência e folha de pagamento de excelência
para estimular a formação de professores de excelência. É o caminho
sólido para, a longo prazo, um PIB de excelência.
G1