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Trabalho Infantil: Quatro municípios do Acre ultrapassam 20% de ocupação entre pessoas de 10 a 17 anos

Apenas os municípios de Rio Branco, Bujari, Assis Brasil, Porto Acre e Senador Guiomard estão na casa de um dígito nos pontos percentuais que calculam o trabalho infantil no Acre. Foi o que diagnosticou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em um estudo coordenado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

 O nível de ocupação das pessoas entre 10 e 17 anos nas cidades pesquisadas está crítica em Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Capixaba, Feijó e Rodrigues Alves (ver quadro).

 Até o momento, não há nenhum estudo específico do Governo do Acre sobre o assunto. “Nós usamos como referência os dados do IBGE”, informa a assessora especial da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, Claudia de Paoli.

 A possibilidade de usar as informações do CadÚnico é remota. “O cadastro único ainda não tem detalhamento preciso para que o cruzamento de dados identifique o trabalho infantil de maneira confiável”, avalia Paoli.

 Para a Seds, a prioridade são os municípios de Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Feijó e Rodrigues Alves. Não há critérios claros a respeito dessa escolha. O IBGE aponta outras cidades acreanas onde o problema é mais grave.

 Além da Seds e da Secretaria de Assistência Social de Rio Branco, o poder público tem poucas condições de combater o trabalho infantil. Sem dinheiro para ações básicas, as prefeituras não têm instrumentos práticos para evitar o crime contra a infância ou estimular o trabalho orientado aos adolescentes entre 12 e 17 anos.

 Conceito- O Ministério do Trabalho e o IBGE entendem como “trabalho infantil” as atividades econômicas, com ou sem finalidade de lucro, realizadas por crianças com idades inferior a 16 anos, ressalvada a condição de aprendiz a partir de 14 anos (trabalho orientado).

 As convenções internacionais entendem como criança toda pessoa abaixo de 18 anos. Já a legislação brasileira entende como “criança” a pessoa até 12 anos e “adolescente” entre 12 e 18 anos incompletos.

 No estudo coordenado pelo Ministério do Trabalho, a expressão “trabalho infantil” foi usada para diferenciar do trabalho orientado aos aprendizes a partir de 14 anos.

 O poder público utiliza o termo “transversalidade” para designar as ações de vários ministérios e secretarias no combate ao trabalho infantil. São iniciativas que buscam dar acesso à renda ou incentivar a produção agrícola. Essas ferramentas podem ser fatores inibidores do trabalho infantil no Brasil. Pelos números apresentados pelo IBGE, o Acre precisa melhorar a relação com a infância.

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AE3 http://www.agazetadoacre.com/acre-economia/43184-trabalho-infantil-quatro-municipios-do-acre-ultrapassam-20-de-ocupacao-entre-pessoas-de-10-a-17-anos.html

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