'O melhor remédio é a concorrência', diz Alexandre Garcia sobre telefonia
'Na hora de vender, tudo fácil. Mas na hora do chamado pós-venda, da qualidade do serviço, tudo se complica', ressalta o comentarista.
Há pouco tempo, telefone era um bem raro; era até patrimônio, lançado na declaração de bens, do imposto de renda. E uma ligação interurbana era um desafio. Mais isso foi há 30, 40 anos.
E hoje as dificuldades são outras porque o Brasil tem mais de 300 milhões de telefones – 1,5 por habitante – a maior parte, celular. Na hora de vender, tudo fácil. Mas na hora do chamado pós-venda, da qualidade do serviço, tudo se complica. São contas indevidas, ligações que se interrompem e a difícil conversa com atendentes terceirizadas de operadoras, principalmente para cancelar.
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Embora o consumidor brasileiro já tenha avançado na busca de seus direitos, nem todos podem perder tempo com tortuosos caminhos da telefonia. Duvido que receba o mesmo serviço medíocre um assinante de Portugal ou da Itália.
A Anatel procura disciplinar e melhorar o atendimento, torná-lo menos custoso para que o assinante não perca tempo e paciência, e fique por conta, mas o melhor remédio é a concorrência.
Que as operadoras disputem entre elas quem oferece o melhor serviço e que os assinantes, unidos, com a facilitada migração de número, aproveitem para punir o mau atendimento.
A telefonia tem sido a campeã de reclamações no Procon, à frente dos serviços bancários. Isso deve dizer às operadoras muito mais do que diz a Anatel.
http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2014/02/o-melhor-remedio-e-concorrencia-diz-alexandre-garcia-sobre-telefonia.html
