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Tumor deforma rosto de menino de 11 anos no AC e tio pede ajuda

Marcus Vinicius tem angiofibroma e cirurgia não é feita no Acre.
Tio está internado com o sobrinho no Hospital da Criança, em Rio Branco.

Aline NascimentoDo G1 AC
Marcus tem um tumor conhecido como angiofiobroma do lado direito do rosto (Foto: Francisco Ferreira/Arquivo Pessoal)Marcus tem um tumor conhecido como angiofiobroma do lado direito do rosto (Foto: Francisco Ferreira/Arquivo Pessoal)
O servente geral Francisco Ferreira, de 34 anos, está, desde o dia 27 de outubro no Hospital da Criança, em  Rio Branco, acompanhando o sobrinho Marcus Vinicius, de 11 anos, portador de um tumor benigno no rosto, conhecido como angiofibroma, doença descoberta há seis meses. Naturais do município de Sena Madureira, distante 145 km da capital acreana, Francisco começou uma campanha para arrecadar recursos para viajar com o sobrinho para retirar o cisto. Os dois aguardam a liberação das passagens do Tratamento Fora de Domicílio (TFD) para a viagem. 
Desempregado e sem ajuda financeira na cidade, Francisco começou a campanha com o incentivo de um amigo que faz tratamento do filho portador de câncer na cidade de Barretos (SP). O dinheiro arrecadado vai ser usado para pagar as despesas da viagem. "As passagens, o TFD vai dar, mas não tenho dinheiro para me manter lá no hospital. Estou aqui sem emprego e sem nenhuma ajuda", desabafa o tio.
De acordo com Francisco, a campanha começou primeiramente no boca a boca entre os conhecidos no hospital  e amigos dos pacientes, depois foi divulgado pelo Facebook.
"Meu amigo me incentivou porque ele fez e conseguiu o dinheiro para viajar, abrimos uma conta  e começamos a pedir ajuda. Espero também conseguir uma renda e não passar fome com o Marcus lá no hospital. Algumas pessoas se comprometeram a ajudar", diz. 
Ainda sem saber para qual hospital do Brasil vai ser encaminhado com o sobrinho, Francisco conta que os médicos informaram que a cirurgia para remover o tumor do rosto de Marcus não é feita no estado e, para isso, os dois vão precisar viajar para outro estado onde vai ser feita o procedimento médico. Segundo o tio, ele ainda não sabe qual vai ser a cidade que será feita a cirurgia.
Família no interior
Morador da cidade de Sena Madureira, distante 145 km de Rio Branco, Francisco Ferreira diz que a doença do sobrinho foi descoberta há seis meses, depois que surgiu um inchaço no rosto. No início, o tio levou a criança em um posto de saúde da cidade, mas o médico não soube dar um diagnóstico para o caroço. Os dois foram encaminhados para a Fundação Hospitalar de Rio Branco, onde Marcus foi diagnosticado com a doença.

Francisco conta que antes de procurar atendimento em Rio Branco, ele precisava cuidar do pai, de 75 anos, da mãe, 70, e da irmã, mãe do pequeno Marcus, deficiente mental. Enquanto está na capital, Francisco diz que se preocupa com os familiares que ficaram no interior.
"Eles dependem de mim, estão lá sozinhos. Fico preocupado com eles, mas não posso abandonar o Marcus", revela.
Francisco Ferreira está internado com o sobrinho Marcus no Hospital das Crianças  (Foto: Francisco Ferreira/Arquivo Pessoal)
Francisco Ferreira está internado com o sobrinho
Marcus no Hospital da Criança
(Foto: Francisco Ferreira/Arquivo Pessoal)
O servente revela que resolveu voltar a morar com os pais depois de um ano longe de casa. Em fevereiro de 2013, Francisco arrumou as malas e voltou para Sena Madureira.  "Minha família precisava de mim, dos meus cuidados. Foi bom porque agora estou cuidando do Marcus, a mãe dele não pode porque também precisa de ajuda", argumenta.
Sobre o pai de Marcus, o tio conta que ele é fruto de um estupro que teria sido cometido por um primo da mãe da criança. Ele afirma que na época do crime, nenhum parente da vítima denunciou o caso à policia.
"Meu pai é muito rígido, quando soube da gravidez da minha irmã ficou muito bravo e não aceitou minha irmã dentro de casa. Depois de um tempo que as coisa foram se ajeitando e ela voltou para casa", afirma.
Francisco conta que não se importa de ficar internado com o sobrinho, segundo ele, o desejo é que Marcus se recupere e volte a ter uma vida normal. "Ele é um presente que Deus me deu. Quero que ele se recupere, fique bom para que possamos voltar para casa", revela.
G1 entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde que informou que vai verificar como está o processo de encaminhamento do menino Marcus para fora do estado.

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