Sem atingir meta, Acre prorroga vacinação contra gripe pela 2ª vez
Acre é o estado que apresenta pior cobertura vacinal, diz Saúde.
Campanha foi prorrogada até a próxima sexta-feira (12).
Sem atingir a meta na campanha de vacinação contra a gripe, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) informou em coletiva, na manhã desta sexta-feira (5), que a imunização será prorrogada até o dia 12 de junho. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde para o Acre é de 170 mil pessoas, no entanto, a cobertura vacinal mínima que o estado deve atingir é 80% disso, que equivale a 136 mil. Porém, até esta sexta-feira (5), 90 mil pessoas foram vacinadas, registrando 52,95% de cobertura vacinal.
De acordo com a Sesacre, apenas as cidades de Plácido de Castro, Porto Walter e Marechal Thaumaturgo atingiram a meta. Em contraponto, Capixaba, Porto Acre e Feijó são os municípios que apresentam baixo índice de vacinação. O secretário da pasta, Armando Melo, destacou que o transporte dificulta que moradores das áreas ribeirinhas tenham acesso a vacinação.
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O Acre, segundo a Saúde, é o pior estado com cobertura vacinal na região Norte. De acordo com Melo, um problema no novo sistema implantado tem gerado algumas dificuldades no registro das vacinações, o que gera erro na contagem dos dados nos municípios. Com uma nova recontagem, a Sesacre acredita que a meta de 80% deva ser atingida.
"O que nos causa preocupação é ver que os pais não estão dando atenção necessária a vacinação. Estamos tendo dificuldades em fazer os registros e ainda temos equipes realizando a vacinação em zonas rurais e ribeirinhas", diz.
O secretário destacou ainda que o menor índice de vacinação é entre gestantes e crianças. "Nossa realidade é um pouco diferente da de outros estados que são totalmente ligados por estradas. Vamos esperar para ver como vai ser o comportamento esta semana, caso não atinjamos a meta, temos alguns planos para imunizar principalmente crianças e gestantes, mas a campanha não pode ser prorrogada infinitamente", destaca.
O público-alvo da campanha é formado por crianças de seis meses a menores de cinco anos, pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores da Saúde, povos indígenas, gestantes, mulheres até 45 dias após o parto, população carcerária e funcionários do sistema prisional. Também podem receber a vacina, portadores de doenças crônicas não-transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais
