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Bebê nasce morto e pai acusa maternidade do AC de negligência

Criança teria sido retirada dois dias depois a mãe ter a bolsa estourada. 
'Ali é um matadouro de criança', alega o pai revoltado.

Aline NascimentoDo G1 AC

Marido conta que Cássia Souza aguardava ansiosa a chegada do primeiro filho (Foto: Reprodução/Facebook)Marido conta que Cássia Souza aguardava ansiosa a chegada do primeiro filho (Foto: Reprodução/Facebook)









O  motorista Leomar Olivera, de 32 anos, acusa a maternidade Bárbara Helioda, em Rio Branco, de negligência médica por seu filho ter nascido morto na tarde desta quinta-feira (28). A espera ansiosa de conhecer o rostinho do filho se transformou em momentos de tristeza e angústia para ele e sua esposa, Cássia Cristina, de 22 anos, que estava grávida de 8 meses. Oliveira conta que a equipe médica esperou por quase 48 horas para realizar o parto da esposa.
A Saúde informou que está reunida com a equipe médica para apurar o que de fato ocorreu.
Em sua conta na rede social, Cássia chegou a lamentar o ocorrido. "Meu filho, tiraram você de mim. Esperei ansiosa pela sua chegada, mas a negligência não me deixou ter você em meus braços. Você foi um sonho de Deus para mim", publicou.
Oliveira diz que a esposa chegou a maternidade com a bolsa estourada prematuramente na noite de terça-feira (26), porém, apenas na tarde de quinta-feira (28) o bebê foi retirado. Revoltado, o motorista registrou um boletim de ocorrência e pretende acionar o Ministério Público Estadual (MP-AC) para apurar o caso.
"A bolsa estourou por volta das 22h e acionamos o Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência]. Fizeram os procedimentos na maternidade e pediram para esperar que ela teria o bebê prematuramente. Ela estava perdendo líquido e a colocaram no leito, onde passou a noite. Na quarta-feira [27], colocaram no soro, fizeram massagem. Ela ainda dilatou seis centímetros", detalha o motorista.
O motorista conta ainda que chegou a conversar com equipe médica para que o filho nascesse através de uma cesárea, mas foi informado que a espera pelo parto normal era o procedimento certo. O pai lembra com emoção o momento que conduziram a esposa à sala de cirurgia.
"Falei que ela estava perdendo líquido há dois dias, pedi para fazerem a cesárea e a médica disse que estava fazendo o procedimento normal. O bebê ficou sofrendo dentro da mãe. Chamaram outro médico, que fez o toque e disse que o bebê estava morrendo e aí levaram ela para sala de cirurgia. Eu esperando ansiosamente lá fora, com as roupinhas para vesti-lo e meia hora depois o médico apareceu dizendo que tinha morrido", relembra emocionado.
Juntos há um ano, motorista revela que ter o filho era o sonho da esposa, que seria mãe pela primeira vez. "Eu já tenho um casal de filhos de outro casamento. Minha esposa está arrasada, ficou sedada um bom tempo e está voltando aos poucos. Houve negligência e isso não pode mais acontecer. Ali é um matadouro de criança. Um outro médico me disse que eles têm até 24 horas para retirar a criança caso a mãe não dilate", reclama.
O pai diz que a equipe médica explicou que a criança já estava morta na hora da cirurgia. O corpo a criança está no Instituto Médico Legal (IML), onde deve passar por autópsia e ser liberado à família
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