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Acreana vence câncer e quer retornar ao jiu-jítsu: "Acabei me apaixonando"

Evelyn Oliveira passou por um transplante de médula em 23 de agosto. Morando 

Evelyn Oliveira, atleta acreana (Foto: Evelyn Oliveira/arquivo pessoal)Evelyn se recupera em São Paulo e sonha em retornar ao Acre e aos treinos de jiu-jítsu (Foto: Evelyn Oliveira/arquivo pessoal)
O esporte sempre esteve presente na vida de Evelyn Oliveira, 21 anos, que praticava diversas modalidades, mas foi no jiu-jítsu que encontrou motivação para participar de campeonatos. Ainda não foi possível. A jovem se sentiu mal durante os treinos e percebeu que algo estava errado. Ela sentia dores articulares, dor de cabeça, fraqueza, tontura e passou a ter lesões na pele e febres sem motivos aparentes. Muito cansaço. O corpo não rendia. Os últimos passos no tatame foram em novembro de 2015. O diagnóstico veio em abril deste ano: câncer na medula. 
Evelyn lançou a campanha "Procuro um amigo oculto para toda a vida", em suas redes sociais, em busca de doadores e após quase três meses de espera, o transplante ocorreu em 23 de agosto e o doador era mais do que especial: recebeu a medula do irmão Kevin Oliveira, de 24 anos, 100% compatível. Em recuperação em São Paulo (SP), ela já faz planos para voltar para a casa, em Rio Branco, capital acreana. A acreana ressalta que através do jiu-jítsu descobriu a doença e o objetivo é retornar aos treinos totalmente curada, assim que os médicos liberarem.  
- Sempre fui praticante. Joguei handebol, fiz karatê e capoeira, mas a paixão mesmo foi pelo jiu-jítsu. Além de conseguir chegar no meu peso ideal, aprendi a ter disciplina. Um amigo me convidou pra conhecer e acabei me identificando com o esporte. De início queria perder peso, mas acabei me apaixonando. Estou esperando me recuperar bem, porque quando voltar, quero treinar para competições - destaca. 
Evelyn Oliveira, atleta acreana (Foto: Evelyn Oliveira/arquivo pessoal)Jovem sentiu primeiros sinais do câncer quando praticava jiu-jítsu (Foto: Evelyn Oliveira/arquivo pessoal)
Morando na capital paulista por causa do tratamento, a jovem ainda precisa ir ao hospital duas vezes por semana, para exames e consultas. Ela conta que sente falta do jiu-jítsu e retornar aos tatames foi uma das suas motivações durante a recuperação. Há um ano sem praticar nenhum esporte, Evelyn lembra que no período mais grave não conseguia mais andar, mas nunca desistiu de lutar para competir nas artes marciais. Agora intensifica a fisioterapia para fortalecer o corpo.  
- Ainda estou fazendo as quimios de manutenção, nos próximos quatro meses, cinco dias seguidos por mês, para evitar que a doença volte. Mas elas quase não tem efeitos colaterais. É bem fraquinha. Fiz fisioterapia pra não perder a massa magra e mesmo assim perdi muita e inchei bastante. Agora estou descendo de peso e continuo a fisioterapia, só que mais intensa. Não vejo a hora de pisar no tatame e fazer o que eu gosto. Claro que sei que no começo vai ser bem difícil, mas vou me esforçar bastante. Estou ótima, Graças a Deus - destaca.
g1

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