Site Cultural de Feijó

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PARABÉNS FEIJÓ PELO SEUS 79 ANOS DE EMANCIPAÇÃO POLITICA


Breve Histórico do Processo de Ocupação Territorial de Feijó
Este breve histórico pretende mostrar como foi constituído o processo historiográfico de formação de nosso município. Para Tanto a exposição será dividida em tópicos. No primeiro deles, faremos uma breve exposição acerca da entrada de grupos indígenas em nossa região. Em seguida, faremos um breve relato do processo de migração nordestina. Posteriormente, enfocaremos a vinda dos paulistas para a nossa região, atraídos por uma política desenvolvimentista da década de 70. Finalmente, enfocaremos o novo contexto histórico, social, político, econômico e cultural do município de Feijó.
Habitavam as terras do município de Feijó, as tribos Jaminawás, Kaxinawás, Paparrós, Kulinas, Chacauás. Tudo natureza bruta, mata e selva só habitados por índios.    
A primeira penetração de civilização data de 1879 e deu-se com a chegada à foz do rio Envira, do navio Mundurucus, trazendo vários nordestinos, que deixando sua terra natal, deslocaram-se para cá atraídos pelo incentivo do corte da seringa para a produção da borracha. Tinham como único objetivo a melhoria de vida.
Como nos diz Tocantins: “Os altos-rios foram ocupados em caráter econômico e permanente a partir de 1879”.
A partir desta data, começaram a chegar à foz do Envira as primeiras famílias nordestinas, que deixavam o sertão correndo das secas, em busca da borracha e do sonho de ganhar dinheiro. Graças aos Nordestinos, a região começou a ser desbravada. Foi uma época difícil para os índios que ali moravam, pois as necessidades dos que chegavam de lotear as terras para formar os primeiros seringais, causou muitos conflitos.
E foi exatamente em meio a esses conflitos entre brancos e índios que surgiu o Seringal Porto Alegre, localizado a margem direita do Rio Envira. Ali, naquele pedaço de chão, surgiria mais tarde, o vilarejo de Feijó que em 1938, se transformou em município.       
Um dos primeiros exploradores, dessa região foi o Sr. Anjo Custódio, segundo o Sr. Ambrósio, em entrevista ao “semanário Independente de Feijó”, (hoje extinto) o mesmo chegou nessas terras por volta de março de 1887, segundo o mesmo, o Sr. Anjo Custódio, “andava sempre sozinho nas demarcações dos seringais”. Depois de Anjo Custódio, também chegou a essa região o Sr. Cajazeira, paraibano, que continuou explorando os seringais, principalmente o seringal  Canadá. Continuando a exploração dos seringais, cajazeira explorou até o seringal Simpatia, fazendo lotes e vendendo para aqueles que tinham condições de comprá-los. Prosseguia-se com a exploração dos seringais, já se iniciava o corte das seringueiras, para se obter logo, logo a produção da borracha, do cernambi e do caucho. Tudo em prol do lucro e mais e atender um mercado externo e uma indústria cada vez mais pujante.
 Expulsavam-se os índios para os altos rios. Ocorriam grandes batalhas entre os índios e brancos (nordestinos). Nestas lutas havia muitas mortes entre os índios e brancos (nordestinos). Portanto, o clima entre brancos e índios da região sempre foi quente. Haviam constantemente lutas, emboscadas, mas sempre a favor do homem branco, como acontecera em toda a história do o homem branco sempre saíra vencedor em relação ao indígena.
Houve várias e pequenas refregas, mas os nordestinos conseguiram, aos poucos, desbravarem a região. Subindo rios e igarapés, começaram a demarcar seus “domínios” surgindo, daí, os atuais seringais, entre estes seringais realça o denominado “Porto Alegre”, pertencente ao Sr. Rodrigues, cearense, ele chegou à região em 1896, também chegando de navio até São Felipe, hoje localidade conhecida como município de Eirunepé, no Amazonas. De lá para região de nosso município, o mesmo veio de canoa.
O Sr. Francisco Barroso Cordeiro, cearense chegando aqui por volta de 1896, o mesmo comprou o Seringal “Porto Alegre” do Sr. Rodrigues.
   É neste contexto histórico que surge à margem direita do rio Envira, o Seringal Porto Alegre que mais tarde deu origem ao município de Feijó.
A partir dá ir inicia-se a exploração, através de um processo rudimentar de civilização e de desbravamento, iniciando a construção das primeiras casas, de madeira rústica coberta de palha, do seringal “Porto Alegre”, um barracão de madeira de propriedade do Coronel Barroso, na rua em que hoje, tem o nome do Coronel Barroso, no centro da cidade. Certo tempo depois, Coronel Barroso, vende esse barracão, para a firma Coutinho & Aníbal, que a transforma em um novo e grande empreendimento. Firma esta, que concentrava em seu poder vários seringais que faziam parte da empresa extrativista montada na foz do seringal Jurupari, através de um grande barracão, que mantinha o controle e abastecia os seringais e o incipiente comércio local, com os mais variados produtos. A loja filial fica a partir de então, sendo administrada pelo Sr. Jurandir, um comerciante Sírio-Libanês, que foi o primeiro grande comerciante da época, em nossa cidade, que vendia estivas, gêneros alimentícios, tecidos (corte de fazendas), dentre outros produtos, o mesmo tinha como empregados, a professora, Lurdes do Carmo Castro, Moacir Severiano, que de empregado, tornou-se mais tarde sócio do Sr. Célio Fernandes e montaram a firma Fernandes & Cia   onde hoje é conhecida como Coronel Barroso, mais ou menos ali, aonde é hoje a casa das irmãs. Feito em mutirão por aproximadamente 10 pessoas, sendo alguns conhecidos cidadãos feijoenses, como o Sr. João Ambrósio, Coronel Barroso, Miguel Ferreira, Antonio Morais, mestre Ezequiel e outros. O seringal, foi progredindo e aos poucos se tornou vilarejo. E a 13 de maio de 1906 foi elevado à Categoria de Vila sobre a denominação de Feijó, em homenagem ao grande vulto da nossa história, o Pe. Diogo Feijó, Jesuíta e grande catequizador dos índios. E através do Decreto-Lei Presidencial de nº 968 de 21 de Dezembro de 1938, elevou a vila Feijó, a categoria de Cidade. As terras que constituiu a sede do Município foi compreendida numa área de 1.000m². por 3.000m., de fundo, adquirida do  Cel. Coronel Barroso Cordeiro pelo valor de 20.000$000.
Logo depois, o então Prefeito Raimundo Augusto de Araujo, comprou uma nova área de do Sr. Fenelon, agora na zona rural, que ia da divisa de nossa cidade até o igarapé xixica e o igarapé salão; e na estrada Assis de Vasconcelos até as terras que é hoje a colônia do Sr. Armando Fenelon. Assim, começou a expansão e o desenvolvimento de nosso município.       
“A partir da expansão do comércio da seringa” (SOUZA, 2002:60) surge o município de Feijó.
Ata de Instalação da Prefeitura de Feijó
Aos dezenove dias do mês de Abril do ano de mil novecentos e trinta e nove, 118º da Independência e 51º da República, sendo Presidente da República Excelentíssimo Senhor Doutor Getúlio Vargas e Governador do Território Excelentíssimo Senhor Doutor Epaminondas Martins, com a presença do Senhor Raimundo Augusto de Araújo, Prefeito Municipal, em comissão, Doutor Claudio de Resende do Rêgo Monteiro, juiz de Direito em exercício, Francisco Pontes, juiz Municipal em exercício; funcionários federais, territoriais e municipais; comerciantes, industriais, agricultores, excelentíssimas famílias e outras numerosas pessoas, foi lido o Decreto número (3) três desta data, que além de dá nova divisão Administrativa e Jurídica ao Território. Declara a elevação da Vila Feijó, a município de Feijó Território do Acre, criada pelo Decreto-Lei número (968) novecentos e sessenta e oito, de 21 de Dezembro de mil novecentos e trinta e oito (1938), desmembrando do município de Sena Madureira e Tarauacá. Realizou-se em primeiro lugar a solenidade do hasteamento da Bandeira, a que prestou continências o Destacamento Policial desta cidade após a qual o Senhor Raimundo Augusto de Araújo, Prefeito em comissão, pronunciou ligeiro discurso sobre este acontecimento, dirigindo incisivo apelo ao povo do novo Município acreano no sentido de cooperar com desprendimento pela prosperidade do mesmo, e dizendo de suas intenções como administrador pelo tempo que lhe couber dirigir os destinos da Municipalidade. Em seguida, teve lugar a sessão cívica previamente organizada, em que fizeram uso da palavra o Doutor Claudio de Rezende do Rêgo Monteiro, os senhores Nestor Arnaud, José Idalino de Paiva e a Senhorinha Nancy Cabral Cordeiro, que falou em nome da mocidade de Feijó. Nada mais havendo a tratar, o Senhor Prefeito Municipal, agradeceu o comparecimento de todos os presentes e a colaboração que lhe trouxeram os diversos oradores mandando que se lavrasse está ata, que lida e achada conforme, vai por todos assinada. Do que para constar, eu, Julio Santos, secretário em comissão da Prefeitura Municipal, a escrevi e subscrevo.
Raimundo Augusto de Araújo,
Claudio de Rezende do Rêgo Monteiro,
Francisco Pontes
Francisco Ferreira de Melo
Francisco Carneiro de França
Francisco Maciel da Silva
Domingos Frota e mais 97 assinaturas.         




Ata de Instalação da Comarca do Município de Feijó
A Instalação da Comarca do Município de acordo com o citado Decreto-Lei nº 968 foi instalada solenemente no dia primeiro de janeiro de 1939. A ata de instalação do Município da Sessão Solene inaugural do quadro Territorial da República no Qüinqüênio de 1939 a 1943, realizada na cidade de Feijó, do Território do Acre, a primeiro de Janeiro de mil novecentos e trinta e nove, no edifício do Fórum, nesta cidade de Feijó, Território do Acre, sob a presidência do Senhor Dr. Cláudio de Resende do Rêgo Monteiro, Juiz Municipal, na forma da Lei, reuniram-se em sessão solene as autoridades pessoas gradas abaixo-assinado, com numerosa assistência, para o fim de se declarar efetivamente em vigor, para todos os efeitos, a partir desta data, até trinta e um de Dezembro de mil novecentos e quarenta e três (1943), o novo quadro territorial da República fixado para o Território do Acre, pelo Decreto-Lei número novecentos e sessenta e oito (968) de vinte e um de dezembro de mil novecentos e trinta e oito (1938), na conformidade das normais gerais firmadas pela lei orgânica Nacional número trezentos e onze (311), de dois de março do mesmo ano, na parte referente às circunscrições que tem sede esta cidade. Aberta a sessão de pé toda assistência, foi cantada o Hino Nacional, seguindo-se uma vibrante salva de palmas. O senhor Presidente ainda de pé a assistência, pronuncia então em voz clara e pausada as seguintes palavras inaugurais. Na forma da lei e de acordo com o rito previsto, tendo em mira a salvaguarda Jurídica dos interesses do povo, o reguardo da tradição histórica da Nação e a solidariedade que deve unir todos os brasileiros em torno dos ideais superiores de uma Pátria uma e indivisível, bem organizada para defender-se, culta e progressista, para fazer a felicidade de seus filhos, eu Cláudio de Resende de Rêgo Monteiro, Juiz Municipal, em nome do Governo do Território do Acre, declaro confirmadas no quadro territorial desta Unidade Federal Brasileira, segundo o disposto na Lei Orgânica Federal número trezentos e onze (311), de dois de março de mil novecentos e trinta e oito (1938) e no Decreto-Lei Federal número novecentos e sessenta e oito (968) de vinte e um de Dezembro do mesmo ano, todas as circunscrições que têm por sede esta localidade, que ora recebe os foros da cidade. Assim, fique registrado na História Pátria, para conhecimento de todos os brasileiros e perpétua lembranças das gerações vindouras. Honra ao Brasil uno e indivisível. Paz ao Brasil rico e forte! Glória ao Brasil desejoso do bem e de progresso nos melhores sentimentos de solidariedade humana! “Três prolongadas salvas de palmas, aplaudiram o momento em que entrou em vigor o novo quadro territorial exprimindo ao mesmo tempo a solidariedade do alto pensamento da fórmula ritual pronunciada”. Sentando-se a seguir, a mesa e toda assistência, o Senhor Presidente deu a palavra ao Senhor Doutor José Potiguara da Frota e Silva, Adjunto de Promotor Público, que proferiu expressiva alocução alusiva aos fins e ao sentido da solidariedade, sendo calorosamente aplaudido. O Senhor Presidente, a seguir agradeceu a assistência do seu do seu comparecimento, cujo alto significado cívico enaltece, declarando encerrada a sessão e convidando os presentes a ouvirem a leitura desta ata a qual depois de lida foi assinada pelo Senhor Presidente e pelas demais autoridades e demais pessoas presentes ao ato.
Eu, Ernesto Lima Guimarães, encarregado do Posto Médico, funcionando como secretario “ad-hoc”, escrevi esta ata e a li ao termo da sessão solene, cuja realização aqui se registra. Cidade de Feijó, primeiro de Janeiro de mil novecentos e trinta e nove. (a-a) O Presidente Cláudio de Resende do Rêgo Monteiro, José Potiguara da Frota e Silva, João Severiano Filho, Júlio Santos, Alfredo Esteves e mais 29 assinaturas.    
Em 1940, através do Decreto nº 2.291, de 9 de junho, durante  o governo de Getúlio Vargas, o Território do Acre foi dividido em duas circunscrição Judicial. Ficando o município de Feijó ligado a Segunda Circunscrição Judicial, que abrangia as comarcas de Sena Madureira, Rio Branco e Xapuri. (SOUZA, C. A, 2002:170)
A Comarca que foi criada em 1º de janeiro de 1939 teve sua vida efêmera: sua restauração somente ocorreu em 28 de dezembro de 1950, por ato do Governo Federal.
Os Trabalhos da Justiça da época era realizado em Seabra (hoje município de Tarauacá). Todos os processos criminais e demais operações Judiciais eram levadas para lá. Quanto aos prisioneiros cumpriam suas sentenças aqui mesmo. A partir de 1950, durante o governo de então Presidente Eurico Gaspar Dutra, foram criadas no Território do Acre, mais duas comarcas Judiciais nas cidades de Feijó e Brasiléia, com seções distribuídas das seguintes maneiras:
a)    A Primeira Seção compreendia as Comarcas de Rio Branco e Sena Madureira;
b)    A Segunda seção compreendia as Comarcas de Xapuri e Brasiléia;
c)    A Terceira seção compreendia as Comarcas de Cruzeiro do Sul, Tarauacá e Feijó. (SOUZA C. A, 2002:170)
 Art. 389 – VII – A Comarca de Feijó, constituira um único termo Judiciário, compreendendo os municípios de Feijó e Dímpolis, com sede no primeiro que lhe dá o nome.
IX – O termo de Feijó fica dividido em dois distritos Judiciários, compreendendo o primeiro município de Feijó e segundo de Dímpolis.
Conforme o Livro de Audiências Cíveis, nº 01, da Comarca de Feijó – Território Federal do Acre, de 07 de Setembro de 1951, o termo de Audiência de instalação da Comarca de Feijó, Território Federal do Acre. Ocorreu, aos sete dias do mês de Setembro do ano de mil novecentos e cincoenta e um, nesta cidade de Feijó, município do mesmo nome, no Território Federal do Acre, no salão nobre do Grupo Escolar Raimundo Augusto de Araújo, onde presente se achava o Meritíssimo Juiz de Direito, Doutor Alfredo de Castro Silveira, comigo escrivão, ad-hoc, do seu cargo, presente também o Sr. Dr. Manoel Antonio Álvares da Luz, Promotor Público da Comarca e autoridades, dentre as quais o Sr. Heitor Augusto Correia de Araújo, digníssimo Prefeito deste Município; o Sr. 1º. Tent. Oscar de Araújo Nogueira, Delegado de Polícia; Dr. Demosthenes Gomes Rodrigues, Delegado de Higiene; o Sr. Domingos Enéas da Frota, encarregado da Sª. Registro Fiscal Federal, Srª. Nair Correia Correia de Araújo, Diretora do Grupo Escolar; Padre João Kleffeson, Vigário local; Srs. Antonio Urcezino de Castro, Jurandir de Freitas Mêne, representante do comércio, muitas outras pessoas. O Meritíssimo Juiz Doutor Alfredo de Castro Silveira, em breves palavras, se respostando a justiça feita a este município com restauração da Comarca criada pelo Decreto 1201, de 28 de Dezembro de 1950, Comarca restaurada pelo então Presidente da República o Excelentíssimo General Eurico Gaspar Dutra, sancionando lei do Congresso nacional, e cujos cargos foram preenchidos pelo Excelentíssimo Doutor Getúlio Dornelles Vargas, Presidente da República, congratulando-se com o povo de Feijó, por ter sua Comarca restaurada
Manoel L. Moraes da Cruz – Presidente
Alfredo de Castro Silveira – Juiz
Heitor Augusto Correia de Araújo – Prefeito
Demosthenes  Gomes Rodrigues – Médico
Maria Antonieta Cruz Araújo - Professora
Nair Correia de Araújo - Diretora
Maria Rosair de Araújo
Oscar de Araújo Nogueira: 1º Tent. Delegado de Polícia
Antonio Urcezino de Castro
Domingos Enéas da Frota
Pe. João Kleffeson
Edith Nunes Cambeiro
Raimunda Nunes Cambeiro
Waldemar Ferraz do Valle
Stela Holanda de Castro
Lais Brasil Santos Guimarães
Osório de Moura Aguiar
Nayd Cambeiro da Cunha
Sofia Barroso Braga da Costa
Estela F. de Albuquerque
Ernesto Guimarães
Manoel Araújo
Francisca Felix da Cruz
Francisco Felix de Lima
Napoleão Bezerra da Costa
Hermenegildo Macambira
Antonio Barroso Braga
As leis vigentes no Território não permitiam a realização de eleições para a constituição dos Poderes Legislativos e Executivos municipal. O cargo de Prefeito era de livre escolha do Governador. Desempenhava as funções de chefe da comuna, Dr. Demóstenes Rodrigues, médico baiano, que há longos anos, vinha prestando bons e inestimáveis serviços profissionais à população do município.                                 
Símbolos do Município
O brasão do município de Feijó foi idealizado por José Erivaldo Silva de Sousa, e aprovado conforme o projeto de Lei nº 0001, de 03 de março de 1991.
Costa deste brasão as figuras ilustrativas abaixo:
I – Tronco da Seringueira: até hoje, a principal atividade econômica do município;
II – Peças indígenas: destacando a importância da cultura indígena na formação da sociedade feijoense;
III – Toras de madeiras – outra fonte essencial da economia local;
IV – Formato da cabeça de uma rês com uma pequena planta no centro simbolizando o rebanho bovino do Município e o valor da mesma atividade primária;
V – Posição estratégica do Rio Envira; até a principal via de acesso;
VI – A estrela simbolizando que fazemos parte da Federação, através do estado do Acre;
VII – No rodapé do Brasão, a data de fundação do Município.
A data a que se refere o brasão é a da ta da emancipação política do Município.     
A Bandeira de nosso Município foi idealizada pelo Prefeito em exercício, Francisco Adelino Rêgo, que a época, era presidente da Câmara Municipal, através do Decreto nº 007, de 17/08/71.

Simboliza a Bandeira
Artigo 2º do Decreto:
“– A Bandeira do Município de Feijó, consta das cores verde, amarelo, azul, marrom e branco, tendo em sua parte superior à esquerda uma estrala representativa de autonomia municipal, e na parte inferior, também à esquerda, um tronco que simboliza a seringueira, fonte do látex, que é riqueza natural do Município”.

OS Prefeitos de Feijó

01- Raimundo Augusto de Araújo – 1939 a1949
02- Aurelino Barreto dos Santos – 1949 a 1952
03- Heitor Correia de Araújo – 1952 a 1953
04- Aurelino Barreto dos Santos – 1953 a 1954
05- Carlos Barroso Cordeiro – 1954 a 1956
06- Demóstenes Gomes Rodrigues – 1956 a 1960
07- Carlos Barroso Cordeiro – 1960 a 1962
08- Cosmo Quirino de Sousa – 1962 a 1964
09- Wladir Ferraz do Vale – 1964 a 1967 (Primeiro Prefeito Constitucional)
10- Sgtº. Odenir Rodrigues (Primeiro Interventor)
11- Alcimar Nunes Leitão – 1967 a 1970 (Segundo Prefeito Constitucional)
12- Raimundo Gomes Leitão – 1970 a 1974
13- Geraldo Celso Brandão – 1974 a 1975
14- Raimundo da Silva Palheta – 1975 a 1977
15- Antonio Oliveira Costa – 1977 a 1978
16- Aurélio de Sousa Braga – 1978 a 1979
17- Romildo Magalhães da Silva – 1979 a 1982
18- Aurélio de Sousa Braga – 1982 a 1985
19- José Ivo Correia de Sena – 1985 a 1986
20- Lívio Severiano da Silveira – 1986 a 1989 (Terceiro Prefeito Constitucional)
21- Francisco João de Sousa Lima – 1989 a 1992 (Quarto Prefeito Constitucional)  
22- Eloi Abud - 18.06.1922 a 14.10.92 (Segundo Interventor)
23- Francisco João de Sousa Lima 14.10.1992 a 31.12.1993
24- Cláudio Braga leite – 1993 a 1996 (Quinto Prefeito Constitucional)
25- Romildo Magalhães da Silva – 1997 a 2000
26- Francimar Fernandes de Albuquerque – 2001 a 2004
27- Francimar Fernandes de Albuquerque – 2005 a 2008
28-  Juarez Leitão do Nascimento - Janeiro de 2009 a Setembro de 2009
29-  Cláudio Braga Leite (Prefeito Tampão) de Setembro de 2009 a Dezembro de 2009
30-  Raimundo Ferreira Pinheiro – Dezembro de 2009 a 
                                                            
PODER LEGISLATIVO

PRIMEIRA LEGISLATURA
Luiz da Costa Rodrigues – 1963 a 1966
Raimundo Gomes Leitão – 1963 a 1966
Pedro Rodrigues Cavalcante – 1963 a 1966
Wilson do Rêgo Leite – 1963 a 1966
Manoel Célio do Vale Fernandes – 1963 a 1966

Suplentes:
Waldemar Ferraz do Vale
Péricles Brasil Santos
Ernandes Macambira Braga
           Valdemar Problem de Albuquerque


A Cidade
Ver Feijó, no ar, é uma surpresa para quem voa por cima de tanto verde, espesso e agreste da selva, e, de repente, surge à cidade cortada ao meio pelo rio Envira, amanhecendo de juventude, muito distante das outras regiões. É uma visão impressionante do urbanismo que se expande por todos os espaços para abrigar a população.
A maior parte da cidade ainda é formada por mata intocável, protegida principalmente pelo estabelecimento de florestas de proteção integral e, reservas indígenas. Onde se mante 90% de sua floresta intacta. Nosso estado possui uma área total de 27.478,5Km², sendo que desse total de sua área 9.340Km², já foram desmatados. (Imazon-2006)

O modelo de desenvolvimento econômico baseia-se, na pecuária primordialmente, no extrativismo, com destaque para extração de madeira, por meio de manejo florestal e a coleta de frutas silvestres como o açai, o que teoricamente, garante o uso econômico sustentável da floresta.

Feijó, é um dos 22 município do Estado do Acre, está situada entre 8º 09’ 43” de latitude sul e 70º 21’ 08” longitude oeste de Greenwich. O Município situa-se na zona fisiográfica do vale do Juruá em ambas as margens do rio Envira, sendo que a sede mesmo localiza-se na margem do rio Envira, afluente do rio Tarauacá. Faz parte da Mesorregião do Juruá e a Microrregião do Tarauacá. Limita-se ao norte com o Estado do Amazonas, ao sul com a República do Peru; a Oeste com o Município de Tarauacá e Jordão; ao leste com os municípios de Manoel Urbano e Santa Rosa do Purus.  Possuía uma área de 19.632 quilômetros e era o 5º município em extensão territorial, passando em 2008 a ocupar o segundo lugar em extensão territorial, com uma área total de 24.202,027 Km². Fica distante da Capital Acre 344 km.  Possui uma Altitude média de 153m em relação ao nível do mar, o clima é equatorial, (quente e úmido) como em todo o Território do Acre, apesar de se registrarem ondas de frio vulgarmente conhecido por “friagem”, provenientes do sul e sudeste, que têm a duração em média de três a oito dias / ano, no período do verão. Essas ondas de frio provocam uma queda brusca na temperatura, que vai, no espaço de 12 horas, de 33, 35 a 10 graus centrígados. As chuvas são abundantes no período de novembro a abril, época em que se registram, também, pequenas trovoadas, não obstante a temperatura se mantém mais ou menos quente. A época de maior intensidade de calor é de agosto a outubro, fase de rigoroso verão, que regionalmente o verão, é entendido como estação seca em toda Amazônia e seu período coincide com o inverno no restante do país. As oscilações mais acentuadas de temperatura, acima referidas, se verificam, geralmente, no período de junho a setembro. Tendo como principais acidentes geográficos: o rio Envira – nasce no Peru, toma inicialmente a direção sudoeste-nordeste e desemboca no rio Tarauacá, já no estado do Amazonas.Seus principais afluentes são os rios Paraná do Ouro e Jurupari, os Igarapés Diabinho, Cardoso, Aristides, Recreio, Paraná do Bravo, Ouvidor, Riozinho, Xinane,  Jaminauá, Simpatia, Enganoso, Paroá, dentre outros. Sua profundidade é quatro metros, no inverno, e um metro, em média, no verão. Em torno de toda a sua extensão, então situados inúmeras sedes de seringais, aldeias, colônias e etc. O rio Jurupari nasce e desemboca no rio Envira, em território do município, abaixo da linha geodésica Cunha Gomes. Tem a direção nordeste - noroeste. Sua profundidade é de cinco metros, no inverno, e 0,50 metros, em média, no verão. O rio Paraná do Ouro nasce e desemboca no município. Toma a direção sudoeste-noroeste. É pouco navegável e sua profundidade varia entre três metros, no inverno, 0,20 metros, no verão.           
A malha hidrográfica do município de Feijó é bastante densa apresentando um grande volume de água, porém no verão, suas águas descem a um nível muito baixo, dificultando o transporte nos seus principais rios e igarapés. 

Autor:Professor e Historiador: Evilásio Cosmiro de Oliveira, licenciado em história pela universidade federal do Acre  

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