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Em quatro dias, Cruzeiro do Sul registra seis mortes violentas e polícia liga crimes a briga de facções


Em quatro dias, Cruzeiro do Sul registra seis mortes violentas e polícia liga crime a briga de facções (Foto: Anny Barbosa/G1)
A segunda maior cidade do Acre, Cruzeiro do Sul, vem passando por uma onda de violência ocasionada, segundo a polícia, à briga entre facções rivais.

Foram seis mortes violentas entre o dia 1º e 4 de agosto. O delegado Lindomar Ventura diz a cidade passava por dias calmos, mas que novas ocorrências surgiram.

“Infelizmente as ações dos órgãos de segurança não estão sendo suficientes para conter essa violência. Talvez estejamos trabalhando mais com os efeitos do que com as causas. Isso é uma questão maior que precisa envolver toda a sociedade para fazer prevenção”, disse.

Ventura destaca ainda que o crime tem atraído cada vez mais os jovens, o que precisa ser combatido com ações de educação, esporte, cultura e lazer.

“As pessoas batem muito na Segurança Pública, mas é preciso um conjunto de ações. Nunca prendemos e investigamos tanto, mas parece que não está surtindo os efeitos esperados. Infelizmente as pessoas vão para o presídio e quando são soltas saem mais qualificadas para o crime e enraizadas nas facções. O sistema prisional está servindo de escola. O problema é mais profundo do que se imagina”, desabafa.

Crimes
O mês começou com a morte do adolescente Geovane Oliveira, de 15 anos. Na madrugada de quarta-feira (1º), houve uma troca de tiros entre bandidos e integrantes de facção. O jovem chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital.

O corpo de Manoel Vieira, de 37 anos, também foi achado na quarta (1). A suspeita é que a vítima tenha sido morta um dia antes com um tiro de espingarda. O suspeito do crime seria um jovem de 20 anos que teria um desentendimento com a vítima.

Ainda no fim da quarta, o corpo do diarista Francisco das Chagas Oliveira, de 31 anos, foi achado sem a cabeça dentro de um campo na comunidade Paraná do Pentecostes, na zona rural de Cruzeiro do Sul. O membro foi achado um dia depois às margens da BR-307 ao lado de uma sacola.

Na quinta-feira (2), pescadores encontraram um corpo de um homem boiando no Rio Juruá, próximo à ponte da União. De acordo com a polícia, o homem foi morto a tiros e golpes de facão, além de ter tido a orelha direita arrancada. O corpo foi levado para o IML para identificação.

Ainda na quinta, Moisés Azevedo Brandão, de 30 anos, matou o irmão por parte de pai com mais de 20 golpes de facão. O crime ocorreu na Comunidade Badejo do Meio, na divisa dos municípios de Cruzeiro do Sul e Guajará (AM). Ênio Pedroza Praxedes, de 41 anos morreu na hora.

José Rocha, de 31 anos, morreu com dois tiros no bairro João Alves. Um amigo que estava com ele também foi atingido no braço, mas não corre risco de morte. A mãe disse que ele não tinha envolvimento com facção criminosa e pediu a prisão dos suspeitos.


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