Com especialidade em malformação congênita, única cirurgiã pediatra do AC deve receber prêmio de medicina nos EUA
Médica e professora da Ufac, Fernanda Lage, foi a única do Brasil selecionada para receber a premiação em Boston.
Por Aline Nascimento, G1 AC, Rio Branco
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A cirurgiã pediatra e professora da Universidade Federal
do Acre (Ufac), Fernanda Dantas foi selecionada para receber o prêmio Cirurgião
da Comunidade 2018, do Colégio Americano dos Cirurgiões (ACS) dos Estados
Unidos.
A profissional é especialista em
malformação congênita e também médica da comunidade. Vários profissionais
participaram da seleção, mas apenas a pediatra do Acre foi selecionada para a
premiação.
Na lista ainda aparece um
professor brasileiro, mas ele deve ser premiado pelo trabalho desenvolvido na
educação.
O prêmio deve ser entregue em
outubro deste ano em Boston, nos Estados Unidos. A médica é do Rio de Janeiro,
mas mora no Acre há três anos. Ela vai ser premiada na categoria Cirurgião da
Comunidade.
"É a primeira vez que uma
médica do Acre vai receber, provavelmente do Brasil também. Esse ano tem um
outro médico brasileiro que foi selecionado, mas ele é professor em São Paulo e
vai como professor. Eu vou como médica da comunidade", complementou.
Fernanda é médica na Maternidade
Bárbara Heliodora, nos hospitais da Criança e das Clínicas, em Rio Branco.
Especialista em crianças nascidas com malformação, a profissional diz que o
prêmio é um reconhecimento do trabalho desenvolvido após ela fazer a inscrição.
"Valoriza quem trabalha em
áreas remotas, em condições adversas de trabalho e, mesmo assim, consegue fazer
um trabalho de excelência para melhoria do acesso de toda população da
comunidade para o tratamento cirúrgico de excelência", avaliou.
Ainda segundo a professora, o
prêmio veio para confirmar as escolhas feitas há 13 anos, quando se mudou para
o Acre. Carioca, a médica apostou em trabalhar com pessoas com necessidades e
pouco acesso à saúde especializada.
"Estou extremamente feliz
por ter recebido essa indicação. Não é fácil fazer uma carreira no SUS, vestir
a camisa para cuidar daquelas pessoas mais necessitadas, principalmente com
malformação congênita, que acomete muito nossa população pobre do nosso país.
De repente vem esse prêmio para valorizar meu trabalho aqui e para dizer que a
gente pode fazer coisas boas", contou.