Prefeito e secretários do interior do AC prestam esclarecimentos na sede da PF sobre desvio de verbas públicas
Dois ex-secretários e o atual secretário de finanças de Capixaba foram conduzidos nesta terça (28). Secretário de gabinete informou que gestores foram em carros próprios e negou os desvios.
Por Aline Nascimento, G1 AC, Rio Branco
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O prefeito José Augusto Gomes da Cunha, dois
ex-secretários e o atual secretário de finanças do município de Capixaba, no
interior do Acre, foram conduzidos para a Superintendência da Polícia Federal
no Acre (PF-AC), em Rio Branco, nesta terça-feira (28).
Os gestores foram levados
durante a Operação Ícaro, que investiga o desvio de recursos públicos
destinados à Saúde e corrupção ativa e passiva.
A PF-AC informou que deve
repassar mais detalhes da ação durante uma coletiva, marcada para às 14h desta
terça.
Ao G1, o ex-secretário de finanças e atual
secretário de gabinete da prefeitura, Gilson Rocha, informou que os gestores
chegaram à sede da PF-AC nos próprios carros. Ele foi um dos conduzidos na
ação.
Sobre as denúncias, o secretário
negou que houve desvios de verbas na gestão dele, mas disse que mais
informações devem ser fornecidas ainda nesta terça.
"Disseram que o prefeito
foi conduzido coercitivamente, mas não se atualizam que a condução
coercitivamente foi extinta pelo Supremo Tribunal. A polícia foi lá e intimou o
prefeito, que veio em carro próprio, não veio algemado e nem coercitivamente.
Nem foi ouvido ainda. Isso se encontra em denúncias infundadas feitas por um
grupo, mas a gente não tem conhecimento dessas coisas. Pelo menos na minha
gestão não houve esse tipo de coisa", acrescentou.
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As investigações apontam ainda que houve aplicação
indevida dos recursos do Piso de Atenção Básica Fixo (PAB Fixo) que seriam
destinados para a saúde. Com isso, a polícia diz que apura fraude na entrega de
medicamentos e de materiais odontológicos.
Além disso, a polícia informou
que houve superfaturamento nas obras de reforma de postos de saúde, e também
nas contratações de empresas que entregavam medicamentos.
Ainda conforme a polícia, a
fraude detectada na contratação dos serviços na área da saúde podem ter causado
um prejuízo de R$525 mil ao Ministério da Saúde.