Defesa de candidata a deputada federal presa pela PF diz que acusações ainda não foram apresentadas
Candidata Charlene Lima foi presa na primeira fase da Operação Hefesto, deflagrada pela PF no último dia 13. Defesa disse ainda que caso foi desmembrado pela polícia.
Por Aline Nascimento, G1 AC, Rio Branco
Defesa de candidata a deputada federal presa pela PF diz que acusações ainda não foram apresentadas — Foto: Arquivo pessoal
A defesa da candidata a deputada
federal Charlene Lima (PTB) disse que ainda não foram apresentadas as acusações
que levaram à prisão dela. Charlene foi presa pela Polícia Federal do Acre
(PF-AC) durante a primeira fase da Operação Hefesto,
deflagrada nesta quinta-feira (13).
A ação investiga uma suposta
fraude em contratos públicos na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).
Além da candidata, outras seis pessoas foram presa na primeira fase da
operação. Destas, três
que tiveram a prisão preventiva liberada foram liberadas.
Ao G1, o advogado Gelson Neto, um dos
responsáveis pela defesa de Charlene, informou que entrou com o pedido de
soltura da candidata. Ele afirmou ainda que não houve a apresentação das
acusações.
Neto não especificou prazo e nem
quais as medidas utilizadas para pedir a defesa da candidata. Porém, garantiu
que a equipe apura todos os fatos.
"A Polícia Federal tem uma série
de fatos que estão sendo apurados e estamos trabalhando para provar a inocência
dela nesse sentido", concluiu.
Operação
A operação foi deflagrada no dia 13
de setembro. Ao todo, foram cumpridos 30 mandados até esta terça (18).
Ainda segundo a polícia, a segunda
fase da operação investiga servidores da Aleac. A PF-AC ressaltou que esses
servidores não são parlamentares.
O grupo criminoso teria fraudado
contratos públicos. Eles também são investigados por tentativa de suborno a
servidores da Justiça do Trabalho para que o esquema criminoso não fosse
descoberto.
Nesta terça, dois
servidores da Aleac foram presos na Operação Hora Extra, que
investiga crimes de corrupção, peculado, lavagem de dinheiro, organização
criminosa e fraudes em licitações.
A ação deflagrada pela Polícia Federal foi mais um
desdobramento da Operação Hefesto, que nos últimos dias 13 e 14, efetuou
prisões e apreensões para apurar possíveis fraudes nos contratos de publicidade
Aleac.