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Com salário de mais de R$ 5 mil, padre é um dos quase 230 exonerados pelo governo do Acre


Segundo secretário de Meio Ambiente, onde padre era nomeado desde março de 2015, ele trabalhava no apoio à mobilização em comunidades rurais.

Por Iryá Rodrigues, G1 AC — Rio Branco
Padre era nomeado desde março de 2015 na Secretaria Estadual de Meio Ambiente e recebia mais de R$ 5 mil — Foto: Arquivo pessoal
O padre Luigi Ceppi foi um dos 229 servidores que ocupavam cargos comissionados no estado e foram exonerados nesta quarta-feira (31)pelo governador Tião Viana. De acordo com a publicação no Diário Oficial do Estado (DOE), Ceppi recebia mais de R$ 5,3 mil, salário referente à CEC 5.

Conforme o documento, o Ceppi foi nomeado no dia 25 de março de 2015 na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

Ao G1, o padre disse que pediu a ajuda de custo para trabalhar nas áreas de seringais e reservas extrativistas, onde já tinha experiência com as comunidades. Segundo ele, seria uma ajuda para custeio de gasolina e outros gastos.

“Pedi um tipo de ajuda, porque o meu trabalho era muito mais ligado ao extrativismo. Faz 30 anos que trabalho nisso, então, voltando de Porto Velho, pedi para ficar um pouco mais junto aos seringueiros, já que conhecia toda aquela área. Pedi essa ajuda para fazer esse trabalho, acompanhar os sindicatos, os seringueiros, as associações. Não é só um trabalho econômico, mas também humano”, disse o padre.
O secretário estadual de Meio Ambiente, Edegard de Deus, informou que Ceppi trabalhava no apoio à mobilização em comunidades rurais.

“O padre Luigi Ceppi foi nomeado com a função de apoio a mobilização comunitária das comunidades rurais florestais, nas atividades de cunho socioambiental, nos diferentes projetos e programas da Sema. Trabalhou fortemente junto aos setores de gestão florestal e nos programas e projetos socoambientais. A atuação dele foi prioritariamente na região do Alto Acre. Com foco nos municípios de Xapuri, Brasileia e Assis Brasil”, informou o secretário.

O vice-reitor da diocese de Rio Branco, padre Jairo Coelho, informou que a igreja não vai se pronunciar sobre o caso, já que se trata de um assunto pessoal do padre. Segundo Coelho, não existe nenhum impedimento com relação a padres terem vínculos empregatícios.

“Nós não temos nada a declarar sobre isso, porque era uma questão pessoal dele e não tinha nada a ver com a diocese. Não tem nenhuma determinação que proíba o padre de ter vínculo empregatício, o que não pode ser é político, candidato, essas coisas, mas pode ser funcionário sem nenhum problema”, disse Coelho.
Exonerações

O governador Tião Viana exonerou 229 servidores públicos que ocupavam cargos comissionados nesta quarta-feira (31). A informação com os nomes de cada um dos servidores exonerados foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE).
Conforme cálculos feitos pelo G1, com base nos dados informados na publicação, a medida reduz a folha de pagamento do estado em mais de R$ 750 mil.

A reportagem entrou em contato com o governo para saber quantos servidores ainda devem ser exonerados até o final do mandato de Viana, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. No dia 1 de janeiro, o governador eleito Gladson Cameli (PP) assume a administração do estado.



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