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Sindicalistas do Sintesac são lotados em cargos de chefia no governo e acusados de travar reivindicações da categoria

Gladson conversa com Adailton Cruz e Francinete
O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Acre (Sintesac) passará por mais um processo eleitoral e como tem sido os últimos pleitos marcados por batalhas judiciais e troca de acusações. No meio da batalha pelo controle do segundo maior sindicato do estado, a atual gestão do Sintesac, comandada por Adailton Cruz, é acusada de ter trocado as pautas sindicais que andam paradas por cargos no governo de Gladson Cameli.
De acordo com uma servidora do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), com mais de 20 anos de serviços, que não terá o nome revelado por temer retaliação, as pautas sindicais estão travadas e nenhuma reclamação de servidor é averiguada porque o sindicato e atual gestão da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) se fundiram.
Segundo a servidora, praticamente toda a diretoria do Sintesac está aboletada em cargos de confiança da gestão Cameli. Em uma lista improvisada enviada à redação da Folha do Acre, a servidora diz que entre os sindicalistas acomodados no governo e agraciados com cargos de chefia está Daniel, lotado como chefe da Enfermagem do Huerb, Francinete Barros, lotada como chefe da Divisão de Acolhimento da Sesacre, João Batista, que iniciou o mandato com o cargo de chefe da Enfermagem do Samu, Alesta, chefe de Enfermagem do Hospital das Clínicas, Meyriane, chefe de Enfermagem da UPA da Sobral, Jean, que é vice-presidente do sindicato, foi nomeado como chefe do Setor de Raio-x do Huerb, e José Aiache, que era do sindicato do Samu e assumiu um cargo de direção na atual gestão dentro da própria unidade.
Servidores denunciam que pautas da categoria estão travadas
Pautas paradas
Servidores da saúde que reclamam de falta de representatividade afirmam que nos últimos 5 meses, justamente o início da atual gestão, as pautas ficaram paralisadas, entre elas a da efetivação dos servidores do Pró-Saúde e melhorias de condições de trabalho.
“As coisas não andam, a vida só melhorou para alguns. Pior que não tem com quem eles concorrerem e por uma fração pequena, porque assim é permitido, eles serão eleitos por aclamação”, diz.
Entre as pautas que estão estagnadas, segundo os servidores, estão os seguintes pontos a serem resolvidos:
1 – Etapa Alimentação;
2 – Reintegração dos Irregulares no PCCR;
3 – Déficit de profissionais nas unidades;
4 – Regulamentação do Pró-Saúde;
5 – Integarlidade, paridade e complexidade para os aposentados;
6 – Reformulação integral do PCCR e a mesa de negociação; e
7- Caos no cenário no atual da saúde e a falta de resposta efetiva da Sesacre, principalmente para suprir o déficit de pessoal e melhorar as condições de trabalho.
Adailton Cruz
“Briga pelo controle do sindicato gera esse tipo de denúncia mentirosa”, diz Adailton Cruz
Adailton Cruz rebate a denúncia de que a atual gestão do Sintesac tenha se aboletado no atual governo em cargos de chefia e esquecido as pautas sindicais. Adailton afirma que as denúncias são retataliações de pessoas que querem tomar o controle do Sintesac.
“Estão querendo nos vincular à gestão sem fundamento, e sem provas. Acho que em razão do processo eleitoral”, diz.
A respeito dos membros do sindicato lotados na gestão, Adaiton diz que “Meyreane, Daniel, João Batista, não tem qualquer vínculo com a nossa diretoria, Meyreane e Daniel, por exemplo nem sequer filiados ao Sintesac são. João Batista, foi presidente na época da interdição judicial, assim que assumimos ele saiu, e hoje ele não tem cargo algum, está no SAMU, como plantonista. Francinete ja se afastou do sindicato, está na Sesacre fazendo suas atividades, mas diga-se de passagem, ela está buscando ajudar muito o serviço e os trabalhadores. A Alesta é servidora de carreira da FUNDHACRE é enfermeira e está a convite do Lucio Brasil coordenando os servicos de enfermagem de lá, e até o momento fazendo um bom trabalho, se não estivesse ja estaríamos batendo e bem firme”, diz sem citar José Aiache, lotado em um cargo de chefia no SAMU.
Sobre o governo, Adailton reitera ainda que não possue vínculo com a gestão. “Nós não temos vínculo e nem qualquer participação com esse governo, pelo contrário, nosso sindicato é o único que está lutando por melhorias e certamente ainda neste semestre faremos um grande embate, greve, inclusive, pois a saúde está à deriva, cada dia pior, com raras exceções”, diz.
A controversa eleição do Sintesac
A eleição do Sintesac está marcada para o dia 17 de julho, mas a questão pode ser resolvida antes se na ausência de chapas a atual diretoria for reconduzida ao cargo por aclamação, diz o presidente atual, Adailton Cruz. Na certeza de que não haverá outros concorrentes, apesar de afirmar que sofre perseguição de outras pessoas que querem o controle do sindicato, a atual gestão poderá ser aclamada em uma assembleia geral marcada para terça-feira (4), no Huerb.
Segundo Adailton Cruz, só houve uma chapa inscrita, a dele mesmo. “Mas como só teve uma chapa inscrita, pelo regimento interno, a comissão eleitoral pode convocar uma assembleia geral para aclamar a única chapa inscrita ou não. Se for aclamada estaremos eleitos, se não for, será reaberto novamente o processo, serão os profissionais que decidirão”, diz.
folha do acre

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