No Acre, alunos da rede pública poderão ter videoaulas pela TV Aldeia
Medida é para evitar que jovens fiquem ociosos durante isolamento social em decorrência do coronavírus
LEANDRO CHAVES, DO CONTILNET
A Secretaria de Estado de Educação (SEE) avalia dar seguimento ao ano letivo das escolas públicas estaduais por meio de aulas à distância. E um dos recursos para a implementação desse projeto pode ser a transmissão de videoaulas pela TV Aldeia, que receberia grade de programação para atender todas as séries dos ensinos Fundamental e Médio.
O intuito, segundo o secretário Mauro Sérgio, é manter os jovens ocupados em casa durante o isolamento social em decorrência da pandemia do coronavírus, que já infectou pelo menos 21 pessoas no Acre. “Nossos alunos não precisam se sentir abandonados”, disse.
Toda a sequência didática que seria utilizada em sala de aula será seguida normalmente e o aprendizado a partir dos conteúdos transmitidos será testado por meio de provas ou trabalhos. A ação vai valer para todos os alunos dos 22 municípios do estado. Ainda não há previsão para o início, mas o secretário afirmou que a ideia é começar o quanto antes.
Representantes da SEE já deram início à sondagem de empresas de Manaus que trabalham com produção de teleaulas. Além disso, haverá material didático impresso a ser distribuído aos estudantes. Esse roteiro de estudo já está em fase de elaboração.
“Pensamos na TV Aldeia como emissora desses conteúdos para que todos os alunos, sobretudo os que não têm acesso à internet em casa, possam estudar pela TV. A educação deve sempre ser vista pelo princípio da equidade, em que todos precisam ter acesso”.
Mauro Sérgio informou que, desde antes da epidemia, a secretaria tem incluído o audiovisual como formato de ensino paralelo às aulas presenciais e tradicionais. Essa flexibilização é permitida pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
As aulas estão suspensas até dia 5 de abril. Porém, se a epidemia de coronavírus se alastrar ainda mais, o governo do Acre pode prorrogar as medidas de contenção, o que inclui o fechamento temporário das escolas públicas. “Devemos ser pudentes”, diz o secretário.
“Ninguém sabe quanto tempo vai durar essa situação. Se as aulas voltarem no dia 6 de abril, ótimo. Assim, vamos trabalhando esse projeto com mais tempo para que, futuramente, ele possa ser um produto positivo para os alunos”, finaliza o gestor.
