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Estado do Acre comemora 58 anos de emancipação com troca de bandeira

Acre foi o primeiro território federal do Brasil e tornou-se estado em 1962. Solenidade de entrega de medalhas também marca comemoração.

G1-AC

Acre comemora 55 anos de emancipação nesta quinta-feira (15) — Foto: Arthur Santos/Arquivo pessoal

O Estado do Acre completa 55 anos de emancipação política nesta quinta-feira (15) e para celebrar a data, uma solenidade com a troca de bandeira e entrega de medalhas ocorre às 17 horas no Calçadão da Gameleira, em Rio Branco.

Em 1962, o presidente do Brasil, João Goulart, assinava em Brasília a lei que elevava o então território federal do Acre à categoria de estado. A lei foi criada pelo deputado federal, Guiomard dos Santos.

A programação para a comemoração do aniversário do estado também conta com a entrega de medalhas a pessoas e instituições que, segundo o governo, são consideradas “dignas” do reconhecimento do povo acreano. Ao todo, 18 pessoas serão homenageadas.

Do território ao estado

O historiador Marcos Vinícius Neves explicou, em entrevista à Rede Amazônia em 2015, que até o Acre se tornar estado diversas lutas armadas e políticas foram travadas, antes que o deputado federal e ex-governador do Acre, Guiomard do Santos, pudesse dar entrada no Congresso Nacional com o projeto de lei nº 4.070, que elevava o território do Acre em estado.

"Foi um resultado de um longo processo, que começou ainda na Revolução Acreana e com a criação do território do Acre, o estado foi o primeiro território federal do Brasil. Esse sistema foi criado para o Acre e condenou os acreanos a tutela do governo federal, sem nenhum direito, como os outros cidadãos brasileiros tinham", contou.

 

Vinícius explica que demorou cinco anos para que a lei fosse aprovada. "O Guiomard pacientemente, junto com outros deputados e com a participação muito importante das mulheres, fizeram um empate e enfrentamento para que a lei fosse aprovada", disse.


De acordo com o historiador, desde a primeira eleição para governador do estado, quando o acreano José Augusto de Araújo venceu o mineiro Guiomard Santos, na época conhecido como o "pai do Acre", que o estado possui uma característica curiosa, todos os governadores eleitos democraticamente são ou eram naturais do estado. A exceção foi o governador Binho Marques, eleito em 2006, e que apesar de ter crescido no no estado nasceu em São Paulo.

"O Acre tinha sofrido tanto nas mãos dos que vinham de fora, que se aproveitaram do melhor que o Acre tinha e não deixavam nada, que os acreanos elegeram o acreano e não Guiomard Santos, que era mineiro de nascimento. De lá para cá, em todas as eleições democráticas do Acre, com exceção do período militar onde os governadores era indicados, os acreanos sempre elegeram um acreano", finalizou.

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