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Governo nomeia ex-dona de madeireiras que responde por crimes ambientais para direção do Imac

Adelaide de Fátima Oliveira foi denunciada pelo MPF por usar dados falsos para emitir DOFs e, assim, dar ar de legalidade a madeiras retiradas de forma ilegal. Além disso, diretora também teria comprado madeira sem licença válida.

Por Iryá Rodrigues, G1 AC — Rio Branco

Adelaide de Fátima Oliveira, que foi nomeada pelo governador Gladson Cameli para o cargo de diretora do Instituto de Meio Ambiente e Análises Climáticas do Acre (Imac), é réu em processo de crime ambiental que tramita na Justiça Federal. A nomeação dela foi publicada na edição dessa quinta-feira (2) do Diário Oficial do Estado.


Ela foi denunciada pelo Ministério Público Federal (MPF) pelos crimes de falsidade ideológica, por dificultar a fiscalização do Poder Público em questões ambientais e por adquirir madeira sem licença válida.


Ao G1, Adelaide disse que não tinha conhecimento sobre o caso e que, portanto, não iria comentar a respeito. Ela limitou-se a dizer que as duas empresas que tinha foram fechadas há alguns anos.


O presidente do Imac, André Hassem, disse, em nota, que não tinha conhecimento dos processos. “Assim que estivermos a par dos fatos daremos os devidos encaminhamentos.”


Conforme a denúncia, no período de 27 de maio de 2014 a 7 de novembro de 2014, Adelaide mandou funcionários inserirem informações falsas no sistema de controle de emissão de Documentos de Origem Florestal (SisDOF), resultando na emissão de 44 DOFs fraudulentos.


O mesmo teria ocorrido de 31 de janeiro de 2015 a 27 de março de 2015 com uma outra empresa que ela era dona, quando foram emitidos 394 DOFs falsos. O esquema, segundo a denúncia, tinha como objetivo gerar créditos fictícios e, assim, dar um ar de legalidade a madeiras retiradas de forma ilegal.


Na denúncia, o MPF informou que Adelaide, ao ser notificada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) para apresentar notas fiscais de entrada e saída dos produtos de origem florestal e sua defesa, alegou que não tinha encontrado os documentos solicitados.


Ela teria ainda, ao ser ouvida na delegacia, reconhecido que houve fraude nas transações, mas atribuiu a autoria dos ilícitos à contadora da empresa na época. Adelaide também foi denunciada pelo crime de denúncia caluniosa contra a funcionária.

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