Site Cultural de Feijó

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Com todos principais partidos envolvidos, escândalos de corrupção no interior não são explorados

As freqüentes prisões de prefeitos, assessores, secretários e vereadores no interior do Estado envolvidos em denúncias de corrupção não são exploradas nas propagandas eleitorais dos candidatos majoritários em Rio Branco. Como os acusados são membros dos principais partidos do espectro político da capital, o uso das denúncias poderia implicar em complicações, seguindo a regra do “feitiço contra o feiticeiro”. O caso mais recente de denúncia é contra Raimundo Pinheiro, o Dindin, de Feijó, e candidato à reeleição pelo PSDB.

Dindin, de acordo com o jornal “A Tribuna” desta quinta, está foragido. Em Feijó a situação política é delicada. O candidato do PT, Francimar Fernandes, teve sua candidatura barrada pelo Tribunal Regional Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa. Fernandes teve suas prestações de contas referentes a verbas do Ministério da Educação reprovadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Com os membros dos principais partidos em atividade hoje no Acre encrencados com a polícia, tanto um lado quanto o outro fica em maus-lençóis. Feijó é o primeiro caso de investigação contra um prefeito tucano. Em Senador Guiomard o Ministério Público Estadual investiga denúncias que complicariam James Gomes (PSDB). Procedimentos de investigação apuram casos de funcionários fantasmas e de equipamentos públicos à disposição de interesses particulares.

O prefeito de Porto Walter, Neuzari Pinheiro (PT), continua na prisão por supostas negociações de terras da União. Ele ainda é investigado pela Polícia Civil por eventuais desvios de verbas do ProAcre.
O PMDB também tem integrantes investigados e denunciados à Justiça. O ex-prefeito de Marechal Thaumaturgo, Randson Almeida, chegou a ser preso por desvios em verbas da saúde e educação. De acordo com a Polícia Federal, ele usou dinheiro do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) para reformar sua casa em Cruzeiro do Sul.

Já, no município de Cruzeiro do Sul, o Ministério Público do Estado do Acre (MP/AC), por meio da Promotoria de Justiça de Cruzeiro do Sul, entrou com uma Ação Cautelar pedindo a indisponibilidade dos bens do atual prefeito do município, Wagner Sales (foto). Na Ação, o promotor de Justiça Rodrigo Fontoura de Carvalho prova que o prefeito Wagner Sales usou recursos de um convênio com a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) para pavimentar o ramal onde fica localizado um imóvel rural de sua propriedade.

Apesar das acusações os partidos preferem manter o silêncio. O PT afirma que prefere o fim das investigações para decidir se expulsa ou mantém Neuzari Pinheiro. O PSDB ainda não tratou a questão Dindin. Com muitos desafetos dentro do ninho tucano, Dindin pode ficar isolado. O grupo de Bocalom atribui ao prefeito a derrota em Feijó durante a eleição de 2010.

 http://agazeta.net/chamada/14141-com-todos-principais-partidos-envolvidos-escandalos-de-corrupcao-no-interior-nao-sao-explorados-.html

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