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No AC, homem denuncia empresário e diz ter sido chamado de 'macaco'

'Fui humilhado', diz vítima que registrou queixa em delegacia de Rio Branco. Empresário teria ainda chamado o rapaz de 'pretinho', 'negrinho' e 'ladrão'.
O técnico de GPS Eduardo Yarzon, de 35 anos, procurou a delegacia da 1ª Regional da Polícia Civil, na quinta-feira (13), para denunciar um caso de racismo e injúria praticado, segundo ele, por um empresário de Rio Branco. Eduardo o acusa de tê-lo ofendido em via pública de 'pretinho', 'negrinho', 'macaco' e 'ladrão'.
Eduardo relata que foi à casa de um amigo que trabalha com serviços gerais quando o empresário o abordou, acusando-o de ter roubado uma caminhonete. "Eu nunca pensei que na minha vida, aos 35 anos de idade, eu fosse passar pelo que passei. Fui humilhado em plena via pública e chamado de ladrão. O dono da caminhonete falava que tinha vídeos meus entrando no interior da caminhonete", conta.
O técnico de GPS conta que ficou atordoado e, enquanto era xingado pelo empresário e pela esposa dele, chamou a polícia. "Eu passei por uma tortura psicológica tão grande até a polícia chegar, a mulher dele falava no telefone, dizia 'o safado que roubou o carro está aqui dando uma de coitado, chamou até a polícia', cada palavra que ela falava eu fica mais atordoado. Você ser acusado de algo que fez é uma coisa, mas ser acusado de algo que não fez e chamado dessas coisas", desabafa Yarzon.
Eduardo conta que o empresário se recusou a ir até a delegacia, mas o ténico fez um boletim de ocorrência e afirma que irá levar o caso à justiça. "Eles não quiseram ir comigo na delegacia. Eu entrei por racismo, injúria e difamação. Está marcada uma audiência para falar com o delegado, na companhia do cidadão, no dia 17 de março. Não vou deixar barato, porque ele fez comigo, e se eu deixar para lá, ele faz com outro", afirma.
O advogado da vítima, Dion Nobrega, afirma que o caso ainda está no início e ainda deve ser realizado o inquérito policial antes de ser levado à Justiça Acreana. "Ele prestou ocorrência na delegacia, marcou uma audiência preliminar e as partes vão ser ouvidas. É preciso apurar o que realmente aconteceu, mas pelo que meu cliente relatou, ele chegou a ser difamado, caluniado e com injúrias racistas", afirma.
O advogado explica que, caso confimado, o crime de injúria racial, previsto em lei, pode implicar de 1 a 3 anos de prisão, além de multa determinada pelo juiz.
Procurado pela reportagem do G1, o empresário acusado de racismo não quis se pronunciar sobre o caso.
http://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2014/02/no-ac-homem-denuncia-empresario-e-diz-ter-sido-chamado-de-macaco.html

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