Site Cultural de Feijó

Site Cultural de Feijó

Imac investiga uso de manejo florestal para retirada ilegal de madeira

Instituto mantém banco de dados e monitora ações ilegais. 
Acrelândia, Plácido de Castro e Bujari apresentam maior nº de desmatamento.

Quésia MeloDo G1 AC
Imac apreendeu madeira explorada de forma ilegal em Capixaba (Foto: Joaquim Silva / Arquivo Pessoal)Imac alerta para o manejo floresta para retirada ilegal
de madeira (Foto: Joaquim Silva / Arquivo Pessoal)
Apesar do grande número de áreas de manejo florestal no estado, o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), mantém um banco de dados com as áreas de manejo florestal que estariam sendo utilizadas como fachada para a retirada ilegal de madeira. Além de outros locais que atuariam inteiramente com madeireiras ilegais. Segundo o chefe da divisão de manejo florestal do Imac, Quelyson Souza de Lima, o órgão não 'tolera' o desmatamento ilegal e por isso ações de repressão serão realizadas.
"O Imac não tolera a retirada de madeira ilegal. Estamos com um vasto banco de dados a respeito de quem são as pessoas, inclusive pessoas que fazem o manejo para esconder a retirada de madeira ilegal. Nós sabemos quem são essas pessoas em todo o estado e vamos começar uma atividade de repressão mais rigorosa com esses manejadores. Alguns usam como disfarce para atuar na ilegalidade", explicou.
Ele relata ainda que existem locais em que o manejo funciona e outras em que não é aplicado de forma correta. Para possuir um licenciamento e realizar o manejo florestal, o produtor rural precisa ter uma área, além de um projeto para a unidade de produção. O local também não pode ter problemas com invasores fundiários.
"O manejo é uma alternativa para a propriedade, um fator que vai agregar na renda do produtor rural, mas não é a salvação da lavoura. Toda vez que é feito de forma correta e obedecendo a licença de manejo, não há como dar errado. Se for aplicado de forma errada, nunca vai ser sustentável. Existe manejo com boa execução e pode ser referência em todo lugar do mundo", destacou.
Municípios críticos em desmatamento e queimadas
Segundo Lima, os municípios de Acrelândia,Plácido de Castro e Bujari são as cidades críticas que apresentam os maiores focos de desmatamento e queimadas no estado. Ele explica que quanto mais perto da capital Rio Branco maiores são os problemas ambientais apresentados por essas localidades. Como alternativas, a entidade realiza operações pontuais e específicas para combater o desmatamento.

"Temos uma sala de situação onde são monitorados os focos de calor, que são os possíveis incêndios florestais, em cada região através de satélite. Além disso também há o controle em tempo real dos níveis de desmatamento. Quando verificados esses focos, a sala de situação aciona uma equipe e a envia para o local. Os dados são muito dinâmicos. Esses municípios críticos apresentam principalmente focos de fogo. Mesmo assim, nos últimos anos os índices de queimadas e desmatamentos vêm caindo", explicou.
Lima considera que a queimada é uma cultura do povo acreano que acompanhou seus avós e pais usando o fogo para limpar a área de plantio. Ele destaca que o fogo não é mais uma atividade licenciada no estado e salienta que hoje existe o programa de mecanização rural. Os agricultores devem procurar as associações para montar um calendário e saber quando o governo vai passar com o maquinário.
"O desmate é licenciado se você estiver dentro dos padrões de ativo ambiental e tiver uma área para ser convertida com critérios mínimos exigidos pela legislação. O produtor rural não pode esperar somente pelo estado, precisa haver uma organização comunitária", salientou.

Deixe um comentário

Nenhum comentário:

Imagens de tema por compassandcamera. Tecnologia do Blogger.