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Acre não está preparado para 'eventos geológicos', diz especialista

Quatro terremotos foram sentidos no AC, de intensidades 7.4, 7.1, 6.4 e 5.1.
Geógrafo explica tremores de terra na fronteira entre Acre e o Peru.

Do G1 AC

Após o registro de quatro terremotos sentidos no Acre nos últimos quatro dias, o geógrafo  Valdimir Silva afirma que o estado não está preparado para eventos geológicos. Segundo o especialista, pode-se prever os abalos, porém, não é possível afirmar o dia em que vão ocorrer e nem a intensidade.
"Não é para assustar, mas nós não estamos preparados para eventos geológicos e é preciso começar a discutir isso. Porque esses eventos interferem tanto na drenagem, no curso dos rios, quanto no gradiente desses rios. Além disso, interferem no uso da terra", explica Silva.
Segundo o geógrafo, há uma movimentação que não cessa em cima da superfície. "Não estamos parados. A todo momento ocorrem esses tremores por conta das placas tectônicas que se movimentam em cima de um líquido pastoso", diz.
O especialista afirma que o Acre está em uma região "privilegiada". Segundo Silva, as placas tectônicas estão a 500 km de profundidade e, por conta disso, as ondas sísmicas, quando chegam na superfície, estão mais enfraquecidas.
"Nunca pode se descartar um possível tremor de uma escala um pouco maior que venha trazer danos. Temos que nos preparar. Não estamos no centro da placa, estamos quase na borda dela. E nessa posição ela fica no contato do oceano com o continente. Por isso o epicentro sempre ocorre no Peru, onde nasce o terremoto. Aqui no Acre nós sentimos o efeito dele", conclui.
Histórico dos abalos
O último terremoto registrado na madrugada desta sexta-feira (27) no Acre teve magnitude 5.1 e atingiu o município de Tarauacá, na madrugada. O epicentro do tremor ocorrido à 0h52 (3h52 em Brasília) foi situado 136 km ao sudoeste de Tarauacá a 627 km de profundidade. A cidade acreana fica a 400 quilômetros de Rio Branco.

Um outro terremoto de magnitude 6.7 atingiu Tarauacá na madrugada da quinta-feira (26). O tremor foi registrado à 0h45 (3h45 em Brasília), a uma profundidade de 604 km.
Na terça (24), dois tremores ocorreram na região, próximo à fronteira entre Peru e Brasil: um de 7.4 e 7.1, por volta de 21h, com intervalo de dez minutos entre eles. Eles ocorreram a 602 km de profundidade.

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